sexta-feira, dezembro 04, 2009

Ridícula.


Um contentamento ridículo, que me faz tão ridícula quanto. Satisfação medíocre. Risinhos fáceis por tão pouco. O mínimo tem me bastado. Meia dúzia de monossílabos trocados ao longo de uma semana, borrifos de perfume sobre a pele, a foto no celular, uma música na academia, a singularidade e espontaneidade do que foi. É estranho, patético, eu sei, mas me preenche, e eu chego a crer que sou rasa, bem mais rasa do que supunha, pelo simples e absurdo fato de conseguir submergir ante a tão pouca profundidade. É estranho de novo. Me fio em frases e olhares jogados ao vento, e deles me cerco, e neles acredito, e neles enxergo o universo e o infinito. Dentre outras coisas, nós não podemos nos negar uma: ainda existem fatos e sentimentos, e uma razão rodeada por tantas outras razões que pesam tanto quanto a principal. Ainda assim, continua sendo tudo tão ridículo, tão adolescente, que por vezes, chego a rir de tanta tolice, quando não choramingo pelo mesmo motivo. Mendicância sem lógica. Definitivamente, eu não preciso disso. Mas, vai: tenta aí me convencer do contrário...


3 comentários:

Pati Eça disse...

Buscar entender o que esta escondidinho no coracao, nunca e ridiculo, e quem ridiculariza essa atitude e vazio e nao tem coragem e nem humildade para curar seus medos e traumas...beijao Mari, vc [e muito especial e corajosa!!!

*Lu* disse...

Tentar convencer do contrário? Melhor não. Deixa tudo assim mesmo...rsrs

reflexões e relevâncias disse...

"...eu chego a crer que sou rasa, bem mais rasa do que supunha, pelo simples e absurdo fato de conseguir submergir ante a tão pouca profundidade..."
As vezes precisa-se de tão pouco pra ser feliz!Tenho pensado muito nisso,das coisas que necessito para me preencher,ultimamente Deus tem me bastado,só Ele!

Bjooooo!