terça-feira, agosto 26, 2008

...níver de Tatai!

Eu a vi nascer... eu a carreguei no colo, tomei conta enquanto minha mãe ia trabalhar... dei banho, troquei fralda (e lavei muitas também). E agora ela tá maior do que eu... cresceu que eu nem vi. Eu até me sinto um pouco sua mãe, talvez pela diferença de idade. Eu bem que preferia que ela ficasse pequenininha pra sempre, porque ela era muito fofa, com cachinhos no cabelo e perninhas grossas, andando de sainha de um lado pro outro. Inocente, engraçadinha, sem um dente da frente, mas linda...rs! Mas isso é impossível. Então eu tenho que me conformar: minha irmã está fazendo ficando mais velhinha!


Hoje ela faz 12 anos, e eu começo a me lembrar de quando eu tinha 12 anos. Faz tempo, ela nem sonhava em nascer ainda. O mundo era outro, as coisas eram bem diferentes. Não consigo perceber nada além da rapidez com a qual o tempo passou. Daqui há pouco ela tá fazendo 26, e eu vou estar aqui de novo no blog para documentar isso. Mas isso nem importa, e eu nem sei porque tô falando disso. O que importa é que hoje é o aniversário dela, e eu queria que ela soubesse que embora ela seja muito diferente de mim (ouvinte de vitor e leo, brau, arrocheira, pagodeira e funkeira... aff!!!) eu a amo muito e desejo o melhor pra ela, sempre. Quero que ela saiba que o que eu puder fazer para que a felicidade dela seja concreta e pra que ela não passe determinadas coisas pelas quais eu passei na vida, eu vou fazer, pra se tornar o menos traumatizada possível. E pra terminar, vou escrever logo abaixo o textinho que eu postei no orkut dela. E se ligue, viu Renata? Ser tema de post no meu blog, num é pra qualquer um não!!!


"Tatai, ñ vou mandar depoimento pra vc, pq vc recebe depoimento todo dia, toda hora (e eu realmente acho q vai chegar uma hora q ñ vai mais caber depoimento aqui nesse seu orkut...) Então, vamos lá! Que nesse dia especial no qual vc comemora 12 aninhos de vida, vc possa ser abençoada em abundância. q Deus te dê muitas felicidades, paz, saúde e juízo (pq a vida é dura quando a gente passa dos 18, e mais ainda quando a gente sai da faculdade). Ainda desejo que Deus infunda na sua mente muita sabedoria e inteligência para que vc possa discernir o certo e o errado... Ah! E lembre-se sempre que o CERTO é sempre aquilo que Jesus faria no seu lugar... viu???
Desejo que você construa sua personalidade a partir dos exemplos que você tem em casa (nossos avós, meu pai e minha mãe, eu e Rodrigo). Todo mundo é pobre, mas nada falta, e o mais importante: todos colocamos a cabeça no travesseiro à noite e dormimos em paz com nossa consciência. Que vc tente ser sempre melhor, e não "a" melhor. E que suas escolhas sejam sempre baseadas na Palavra de Deus e NUNCA nas idéias de colegas e afins.


Desejo que vc tome tento na vida e estude mais, pra passar no vestibular de primeira, e não ficar penando em cursinho e dando dor de cabeça pra minha mãe, além do que ela já tem... e que vc escolha aquilo que gosta de fazer, independente do que os outros achem que vc deve fazer (tipo td mundo quer q a gente faça medicina e direito, que até podem trazer status e dinheiro; mas status e dinheiro ñ necessariamente vêm acompanhados de FELICIDADE!).


E por fim, desejo que vc ame a Deus acima de tudo, e depois que honre, defenda e valorize a vida, seja ela de quem for (inclusive e principalmente a sua). Que vc tenha sempre em mente que embora dinheiro, roupas novas e carros zeros sejam coisas muito boas nessa vida, a coisa mais importante que vc leva consigo é seu caráter, que por sinal está sendo construído agora; esse ninguém te tira, e é a partir dele que vc se torna alguém na vida.


Beijos da irmã q te ama... Ninha

terça-feira, agosto 19, 2008

Outro tempo começou pra mim agora...

Gentêêêê... as aulas começaram. Dentro de mim, uma mistura absurda de sensações e sentimentos. Medo, ansiedade, felicidade, surpresa, saudade, amizade... tenho construído "n" expectativas, tô muito otimista (coisa que eu não sou normalmente) e pronta pra enfrentar tudo de novo. Apesar de eu já ter vivido praticamente uma vida inteira na UESB (8 anos e meio), tudo tem sido novo pra mim, pois, além do curso ser outro, é mais puxado (porque é química puuuura) e eu entro nele com outra maturidade, com novos focos e, principalmente, com metas, coisa que eu não tinha quando cursei Biologia.

Hoje tive minha primeira aula de Química Geral e noooooossaaa... é muito complicado!!! Quando eu vi a ementa pensei que fosse facinho... assunto de 1º ano, moleza, né? Ô Jesuizinho... né não!!! É bem aprofundado... é loucura!!! Pra quem viveu anos enterrada dentro de células e tecidos, entrar dentro de átomos e ondas eletromagnéticas não é fácil não. Eu achava que estudava quando fazia Biologia. E estudava mesmo, de varar algumas madrugadas. Mas, agora eu acho que vou ter que comer o livro pra ficar mais fácil a digestão da matéria.

É um tempo novo pra mim. Deixei o colégio (mó stress dos últimos tempos). Tô só universidade... de dia aluna, de noite professora. Essa ambiguidade de papéis tem me causado um nó na cabeça. Parece bobagem, mas não é. Preciso aprender novamente a ser aluna. A sentar na carteira, a anotar o assunto, a ter coragem de perguntar (siiiimm... eu tive vergonha de tirar dúvida na aula de hoje, pode???) e de pedir a prova ao pessoal do semestre passado emprestada (ops... rsrsrs!!!). Mas, enfim... como disse anteriormente, agora tenho uma meta, um objetivo: ser farmacêutica!!! Agora posso fazer jus à frase de Victor Hugo que deu nome à minha turma de Biologia, lá em 2005: "Nada como um sonho para criar o futuro".

Paz e bem!!!
Marianne

domingo, agosto 17, 2008

Memories...


Adoro. Sinto como se fosse hoje. Chego a me deliciar. E, confesso: sofreria muito se não as tivesse. Foram poucas, mas suficientes. Algumas recentes, outras nem tanto. Quanto melhores tenham sido, mais intensas se tornam a medida que o tempo passa. Elas me vêm a partir de conversas, pessoas, fotografias, lugares, músicas, frases, perfumes... e produzem uma sensação tão boa que é impossível descrevê-la. Às vezes a intensidade é tão grande, que se materializam. Trazem lágrimas aos olhos, um aperto no peito, um arrepio... uma "coisa" diferente, um frio correndo pelo corpo... Sinto saudade, uma saudade boa! Ora melancólica, nostálgica... ora engraçada. Sinto vontade de voltar lá e viver tudo de novo! De entrar numa máquina do tempo (mesmo que essa máquina do tempo seja minha própria imaginação) e retroceder. Dá vontade de rir, de chorar, de fazer tudo igualzinho... ou algumas coisas diferentes, como por exemplo, não usar aquelas calças na boca do estômago, nem o corte de cabelo do Chitãozinho e Xororó... de não ter perdido aquele show, de ter sido mais flexível, menos medrosa, mais forte, menos perfeita, mais vaidosa, menos chorona... mas, se não fosse possível, ainda assim, eu viveria tudo de novo, porque valeu a pena...!

Marianne

domingo, agosto 10, 2008

Carta aos pais


Quando me propus a escrever um post sobre o Dia dos Pais, a primeira coisa que fiz foi escolher a foto. Passei minutos olhando para ela, admirando-a, e nada... absolutamente nada vinha à minha mente. Nenhuma idéia, nenhum sentimento. Nada. Novamente subi a barra de rolagem e me pus a olhar fixamente durante mais alguns minutos procurando um significado que me desse uma idéia para começar a escrever. E eu percebi que é realmente complicado descrever como é viajar de avião se você nunca viajou em um...

Então, ao invés de falar sobre os pais, resolvi falar aos pais. Coisa pouca, algumas mínimas palavras, talvez um grito de quem sempre desejou ter um...

Aos homens que lerem esse post,


"Se forem pais, Feliz Dia dos Pais!

Se ainda não o forem, preparem-se bem pra ser, caso desejem.

Se desejam ser, mas acham que a hora ainda não chegou, esperem.

Se não o desejarem, não o seja por obrigação ou coação.

Se, ao contrário, sempre desejaram, com toda a força de suas almas mas, infelizmente, não puderam realizar esse sonho, talvez adotar uma criança seja uma solução.

Se mesmo sem desejar, você se fez ser um deles, assuma a paternidade, não como um fardo ou como consequência de alguma possível irresponsabilidade, mas como um presente de Deus e como um ato de amor a um ser que é parte sua.

Se não tiveram um pai, e não têm noção de como ser um, peça ajuda, procure possíveis modelos, mas não se omita e não se resuma a um mero doador de sêmen.

Converse com o seu bebê enquanto ele ainda estiver dentro da barriga da mamãe. Permita a ele ouvir sua voz forte, que transmite segurança e proteção. Faça ele se remexer e desde já desejar sair do mundinho tão pessoal dele pra poder conhecer a outra pessoa que lhe permitiu vir ao mundo: você! Esteja presente sempre. Desde a primeira queda, quando ele estiver aprendendo a andar, até o dia de sua formatura. Chame atenção, grite, dê palmadas se for o caso. Mas nunca, nunca se esqueça de sorrir, de brincar, de jogar bola ou desenhar, de elogiar, de dizer que sentiu saudade e principalmente: nunca se envergonhe de dizer que o ama. Não o ame em segredo ou em silêncio; demonstre amor nos gestos, nas palavras e até nas broncas. Se não souber fazer isso, peça ajuda mais uma vez. E se ainda assim, não conseguir, dê-lhe uma satisfação: diga a ele que mesmo sem demonstrar aquilo que sente você o ama do seu jeito.

Seja exemplo de pai, de homem e acima de tudo de ser humano. Lembre-se: você será um dos moldadores do caráter do seu filho e a figura masculina de referência dele (ou dela). Poupe-o de seus problemas conjugais; resolva-os de portas fechadas. Não permita que ele cresça achando que família é uma instituição falida. Esforce-se para manter o seu lar. Mas, se não conseguir, não o condene a viver sob fogo cruzado. Dialogue sempre, isso é regra. Aprenda a compreender, a ceder, a pedir perdão... a dizer sim e a dizer não. Seja sinônimo de dedicação e proteção, e preocupe-se também em ensiná-lo sobre a vida, do contrário a vida terá muito o que ensiná-lo. Dê-lhe limites. Não deseje se realizar na vida dele, preserve a individualidade de ambos. Instrua-o para que possa viver a vida de forma idônea, reta e honesta. Permeie sua vida de valores e princípios; uma vez plantados, eles nunca serão esquecidos e você será sempre o ponto de referência de sua vida.

Fale ao seu filho acerca de Deus, da sua soberania e da necessidade de sermos sempre tementes e obedientes a Ele. Seja seu amigo; tenho certeza: você nunca o perderá para as drogas. Nunca tire a autoridade da mãe; espera-se que ela aja da mesma forma. Esteja ao seu lado em todos os momentos. Ofereça seu colo ou seu ombro para secar-lhes as lágrimas. Enfim, faça jus ao cargo designado a você por Deus, que podia muito bem ter monopolizado o sistema de criação, mas optou por lhe conceder a dádiva de portar a semente da vida e de poder se tornar alguém tão sublime e privilegiado: um pai, tal qual Ele é!"

Paz e bem!
Marianne

quinta-feira, agosto 07, 2008

... o que você vai ser quando você crescer?

Semana passada ouvi uma coisa interessante de uma professora na universidade. Ela dizia que achava um absurdo um jovem de 17 anos ter que decidir o que quer fazer pelo resto da vida a partir de uma inscrição de vestibular. Para ela, uma pessoa de 17 anos ainda não tem maturidade suficiente para julgar prós e contras e assumir um curso que, provavelmente, vai definir o que você vai ser pro resto da vida.
Concordo com ela. A leviandade que persiste mesmo já no final da adolescência não nos permite exatidão naquilo que anseiamos. Dezessete anos é final de festa... terminamos o colegial , acabamos de passar pela adolescência (a melhor época da vida), às vezes conflituosa, ou às vezes mais light. Às vezes muito bem curtida, às vezes nem curtida. É hora de se preparar para entrar numa outra festa, mas dessa vez mais séria. E de qualquer forma adolescência é período-barra na vida de uma pessoa. Tudo é novo, é descoberta, é mudança... Tudo tá à flor-da-pele, todo sentimento é intenso - seja paixão ou ódio - não existe medo, desafio é a palavra. Mas até então, papai e mamãe ainda são nossos provedores. E quando acaba o colegial simplesmente a gente cai na real que chegou a hora daquela velha perguntinha ser respondida por você, agora na prática: o que você quer ser quando crescer?
Pois bem, a gente já cresceu. E agora? Eu lembro bem o que passou pela minha cabeça naquela fila do correio enquanto eu decidia qual opção de curso marcava no formulário de inscrição do vestibular. Eu não queria medicina, enfermagem, letras, pedagogia nem fisioterapia. Naquele momento, no auge dos meus 17 anos, eu só queria... liberdade! Mas, na minha imaturidade e ingenuidade, mal sabia que essa palavra está intimamente relacionada a outras três: responsabilidade, satisfação e independência financeira.
Fiz Educação Física; não gostei. Parti pra o bacharelado em genética na Biologia; lá descobri que odiava genética. Segui para a licenciatura em Biologia. E amei... o curso de Biologia. Porque os meus 3 primeiros anos em sala de aula foram uma decepção. Decepção essa que cabe em outro post, mas por motivos éticos só poderei postar aqui quando deixar de ser professora (rsrs!). E como a vida é repleta de contrários, essa tal decepção, que me foi tão danosa, me levou a murmurar por anos (Giseli, Luzaine, Elenita, Crisberg, Xande, Soninha e Lissandra que o digam!!!) que me impulsionou ao curso de Farmácia.
Queria deixar claro que tô pulando fora não da Biologia, mas da educação. Ontem me peguei a pensar se abandonar minha carreira em sala de aula, meus projetos de especialização em Biologia, dedicação para concursos, e de uma certa forma aquilo que sou hoje (Bióloga, com muito orgulho!!!) estaria sendo um devaneio, como muita gente acha. E por mais que você não concorde, sempre fica um fio de dúvida (será que eles estão certos?). Mas, hoje na terapia, sem nem tocar no assunto, bem na hora da despedida, Sílvio se levantou e disse: só um último conselho: estude! Se dedique ao seu novo curso, meta a cara no livro. Você não vai se arrepender!
Tomei as palavras de Sílvio como se fossem as palavras de Deus pra mim. Vai em frente! Nada é em vão! Deus sabe bem aquilo que eu almejo. Pode até parecer demagogia, mas quem me conhece sabe que não é. Não quero carros do ano, nem mansões; não quero viagens, celulares e TVs de última geração, nem salários de juízes ou deputados. Ele sabe que eu quero apenas paz de espírito; quero ser feliz, alcançar estabilidade. Acordar de manhã sem ter que imaginar trabalhar. Voltar pra casa com a sensação de missão cumprida. É isso que eu quero. Só isso. Pra você é pouco? Pra mim basta.