sábado, setembro 22, 2012

É muito mais.




"O amor é muito mais do que um sentimento:
 é um instinto de sobrevivência."


~ Mari Teixeira ~

quinta-feira, setembro 20, 2012

Meu panapaná.


Borboletas no estômago são para os fracos. Tenho cinco no ombro esquerdo e cá por dentro um panapaná. Faz algum tempo, elas descobriram o caminho da minha corrente sanguínea e, adentrando minhas veias e artérias, passaram a ter acesso ao meu corpo inteiro. E assim, estremeço a alma de sentir o intenso debater de suas asas em cada célula e nas estreitudes dos meus interstícios, nas entrelinhas das minhas felicidades e  nas paredes dos abismos das minhas dores; sinto-as rompendo a tensão superficial das minhas lágrimas e desgastando as superfícies dos meus pedaços - talvez nunca mais poderei colar os complementares... Sinto-as bater na mesma frequência insana que o meu coração insiste em bater, na mesma amplitude que ele insiste em sentir, mas na velocidade inversa que eu desisti de insistir em você...

~ Mari Teixeira ~

quarta-feira, setembro 19, 2012

Dissolução.


E quando você descobre que uma 
culpa pode se dissolver em outro corpo?

~ Mari Teixeira ~

quinta-feira, setembro 13, 2012

(...)


Pra que trancar as portas, gradear as janelas, 
encher os portões de cadeados se o muro é baixo 
e as paredes são de isopor?

~ Mari Teixeira ~

terça-feira, setembro 11, 2012

Oração.




♫ "... Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na dispensa..." 

(A Banda mais Bonita da Cidade)


Eu hoje peço a Deus que a minha intensidade não exceda os limites do respeito para com aqueles que me circundam, independente do grau de significância que eles conseguiram tecer em minha vida - e este varia de - 10 a   + - sobretudo para com aqueles que significam ou significaram, pra mim, "além do mais". Que qualquer sentimento dilacerado não se resuma a morrer, mas seja transformado em outros melhores e que os sentidos não se despedacem... nunca. Que a indiferença seja incapaz de neutralizar as persistentes e deliciosas sensações relativas aos bons momentos que vivi. Que a vingança não aviste em mim quadrante algum no qual lhe caiba pousar. Que o ódio apenas dure os mesmos doze segundos de sempre, nenhum a mais, mas sim, a cada ano, um a menos. Que o amor seja meu hino perpétuo, ainda que essa minha tendência incondicional de colocá-lo em prática denote fraqueza aos olhos alheios. E que os poucos que tiverem a sensibilidade de se debruçar em discordar disso, admitam de uma vez por todas que, na verdade, só os fortes sabem amar em plenitude. Só eles estão sempre dispostos a pagar o preço de uma, duas, três, mil felicidades... Só eles conseguem carregar o peso póstumo do amor que não quis dar certo, a dor latente do amor que virou saudade, a angústia solene do amor que desistiu de ser e o alívio consolador do amor que resistiu à todas as ausências e soube se reinventar a cada esquina da vida. Entendem? É muito sentir pra quem não sabe sentir...

~ Mari Teixeira ~

segunda-feira, setembro 10, 2012

Sobre símbolos e significados.


O significado nem sempre se encontra no símbolo... 
Determinadas abstrações se recusam a morar num 
pedaço inanimado de uma coisa qualquer...

~ Mari Teixeira ~

sábado, setembro 08, 2012

Pit stop.


Hoje é um daqueles dias que a saudade, depois 
de circular o corpo todo, resolve fazer um pit 
stop no pulmão: e tá doendo pra respirar. 
Tá doendo pra viver...

~ Mari Teixeira ~

quinta-feira, setembro 06, 2012

Como se nunca tivesse sido.




"Lá na frente, de repente, irão se encontrar 
e com certo constrangimento, irão atribuir o 
afastamento a falta de tempo ou à própria 
vida. Mas no fundo saberão: foram eles. 
Ou melhor, não foram."

(Carolina Braga)

"Não foram"... é bem isso! A gente olha pra trás e é realmente como se nunca tivesse sido. É como se  o espaço de tempo no qual existimos, na verdade, nunca houvesse existido. Um lapso de tempo. Um hiato sem aparente razão. Um sentimento tão leve quanto leviano que não conseguiu sustentar a conjugação no presente do indicativo do verbo ser. Antes que o fim se achegasse, ainda quando ele apenas nos rondava, já haviam desfoques reais que a gente teimava em confundir com os sintomas da nossa miopia. Milhares de reais gastos em óculos e lentes, milhões de segundos perdidos ao longo de uma vida, até se entender e aceitar que todo aquele esmaecimento era mais do que real: era inevitável... Certas relações e suas lembranças trazem consigo esse potencial de se dissolverem quando batem de frente com o tal ponto final...


╰☆╮ Mari Teixeira ╰☆╮

quarta-feira, setembro 05, 2012

Sobre estigmas, divórcio e coisas parecidas.



O estigma que a mulher divorciada traz gravado na pele a ferro e fogo persistirá enquanto as pessoas não entenderem que somente três coisas as diferem das demais mulheres: o fato dela ter (escolhido) errado e ter oficializado esse erro; um outro, em conseguir assumir que, ainda que ela tenha (escolhido) errado e oficializado o erro, nunca é tarde pra recomeçar e ser feliz, enfim; e a coragem de gritar "não quero mais" com a boca, com o coração e com as malas feitas balançando em cima do caminhão da mudança, "se deixando marcar", munida por um amor-próprio muito maior e mais forte que a hipocrisia que circunda o mundo. Somos de carne e não "apenas" um pedaço de carne...


~ Mari Teixeira ~

terça-feira, setembro 04, 2012

Apenas humanos.


Nem heróis, nem vilões... apenas humanos. Humanos que amam e que desamam. Que se armam e desarmam - e se desarmam. Que sentem medo, que voltam atrás, que andam pra frente, mas olham pra trás. Que falam de menos, ou falam demais. Que cavam guerra, mas vivem orando por paz. Humanos: apenas isso, essa figura folclórica que muita gente teima em acreditar que não existe. Que tanta gente teima em fingir que não é...

~ Mari Teixeira ~

segunda-feira, setembro 03, 2012

Tudo errado.



Acho que você entendeu errado: eu disse que 
sabia entrar e sair, e não morrer e ressuscitar.

~ Mari Teixeira ~