terça-feira, maio 31, 2011

Por acaso.


Ando prestando muita atenção no acaso. Ele também existe, como Deus e o diabo, e determina muita coisa além dos poderes do bem e do mal.

sábado, maio 28, 2011

Uma mulher como outra qualquer.




Poucas vezes nessa vida eu me apaixonei por alguém.  Quatro, pra ser mais exata. Mas, embora cada uma tenha acontecido em fases diferentes da minha vida, a terceira foi realmente a mais avassaladora, e acho que foi assim justamente por causa do platonismo que a cercava: absolutamente nada, além de um abraço [um loooongo abraço]. Nenhum fluido, além do nosso suor. Durou 10 meses. Passou, como todas as outras. Foi tudo muito hormonal. Cois típica de adolescente. Acredito que, nem se eu quisesse, sentiria algo semelhante àquilo, hoje. A maturidade nos rouba esse privilégio de se entregar a determinadas sensações [e situações]. Mas posso dizer que ele foi uma das coisas mais ilógicas que já aconteceu na minha vida. Foi com ele que a teoria do controle remoto caiu por terra. Foi com ele que eu aprendi a dinâmica dos contrários. Até porque éramos totalmente opostos, e  isso ratificava as leis da física. Fomos um para o outro sem nunca termos sido. Nossas bocas nunca se descobriram, nossos corpos nunca se desnudaram, e paira sobre mim uma certeza: nunca haverá consumação alguma. Mas, ainda assim, ele me fez sentir a sensação dilacerante e indescritível de me reconhecer o que eu sempre fui, de fato: uma mulher, como outra qualquer...

sexta-feira, maio 27, 2011

Pesado.



Eu tenho uma tendência absurda [e ridícula, diga-se de passagem] de absorver as coisas ao meu redor. Sou muito eletronegativa. Uma esponja ambulante. Acho que minha sede de conhecimento extrapola a alma e, sem querer, eu acabo capturando tudo que passa na minha frente. Até a vida de algumas pessoas consegue fazer intercção com a minha sem que eu, necessariamente queira. Longe de ser um dom sublime, isso me causa muitos problemas. Afinal, eu também estou longe (bem longe) de ser uma mulher-maravilha, e a minha vida já é um tanto quanto pesada pra eu me dar ao luxo de carregar mais alguns pedaços de outras, ainda que esses pedaços, de uma forma ou de outra, façam parte de mim.

sexta-feira, maio 20, 2011

Mudanças


O Humana Demais mudou: agora ele é Leve [Mente] Ácida. Mudou não porque eu me percebo menos humana. Pelo contrário; tenho entendido e vivido essa condição mais do que nunca. E, justamente porque sou humana, mudo a cada dia. Mudo porque o correr da vida e a rotação do planeta exigem. É, o mundo gira. E se a gente não girar com ele acaba ficando tonta de tanto olhar ele girar.

Mudou a cor do template, mudou o teor dos textos [acho que isso vocês já tinham percebido]. Penso estar inaugurando um novo tempo de vida. Aquela menina doce que a vida tornou tão amarga e deixou a tantos com sede da sua presença por apresentar momentos de {in}salinidade, agora traz consigo uma leve acidez: na mente, no corpo e na alma; nas palavras, no discurso e na postura; na voz, no olhar e no sorriso. Leve [mente] ácida. Aqui, não denota aspereza, azedume ou grosseria (embora todos nós, ácidos ou não, tenhamos esses momentos). Não corrói, mas pode incomodar quem não aprecia o pensamento crítico e/ou criativo. De qualquer forma, não precisa se preocupar com essa tal acidez; ela é realmente bem fraca. Mas, é claro, vai depender muito do seu estômago. Se a gastrite estiver atacada, melhor nem chegar perto: pode agravar.

Abaixo, segue um trecho da crônica Química Orgânica, de Vinícius de Moraes, que descreve [com maestria] as mulheres ácidas... e as básicas:

"... Mas, do que pouca gente sabe é que há duas categorias antagônicas de mulheres cujo conhecimento é da maior utilidade, de vez que pode ser determinante na relação desses dois sexos que eu, num dia feliz, chamei de "inimigos inseparáveis". São as mulheres "ácidas" e as mulheres "básicas" (...) De um modo geral, a mulher "ácida" é sempre bela, surpreendente mesmo de beleza. É como se a Natureza, em sua eterna sabedoria, procurasse corrigir essa hidrogenação excessiva com predicados que a façam perdoar, senão esquecer pelos homens. Porque uma coisa eu vos digo: é preciso muito conhecimento de química orgânica para poder distinguir uma "básica" ou uma "ácida" pela cara. A mulher "ácida" tem uma consciência intuitiva da sua química, e não é incomum vê-la querer passar por "básica" graças ao uso de maquilagem apropriada e outros disfarces próprios à categoria inimiga.(...)"

Não existe prejuízo em ser ácida ou básica; cada mulher é do jeito que é [ou decide ser]. Afinal, nesse mundo, há gosto pra tudo [até para as neutras: insossas e insípidas]. Mas, ainda assim, por que será que a coca-cola é preferência nacional?


"Feliz de quem entende que é preciso mudar muito pra continuar sempre o mesmo". (D. Hélder Câmara)

segunda-feira, maio 16, 2011

Essa é velha...



... mas ainda tem gente que acredita nela...

Eu não vou fazer nada que você não queira.

... em outras palavras significa...

Eu vou fazer de tudo pra tentar lhe convencer a transar comigo.