terça-feira, dezembro 15, 2009

Drástico.


"Não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais auto destrutiva do que insistir sem fé nenhuma?..."

Caio F.


É cruel demais fazer isso consigo, é drástico, eu sei, mas não sejamos incoerentes, vamos usar a moeda da lógica que rege o mundo, mesmo sabendo que ela ofusca os traços de felicidade que criam as gravuras da nossa história; diante de tudo, há muito a se fazer, mas a dose de coragem acabou. As forças se esvaem, a gravidade puxa, o cansaço expande e o corpo acaba por se render à pior desgraça da humanidade. É que essa dor acampou no meio de tudo, erodindo os sonhos e as relevâncias dessa vida que um dia foi tão bonita, e agora a gente não sabe bem o que fazer. Erosão, você sabe como é, enfraquece, racha o terreno, deixa infértil, e eu não nego não, essa coisa de aridez me assusta bastante. Eu não sei o porquê do retrocesso, se há tanto tenho caminhado linha reta e à frente, sem sequer olhar pra trás. Eu não sei o porquê, eu também acho tudo tão prático e simples, mas na vida é diferente. E no fundo, Caio está certíssimo. Eu que tô toda errada.

2 comentários:

reflexões e relevâncias disse...

...tem coisa mais auto destrutiva do que insistir sem fé nenhuma?...
Concordo com Caio também,não tem coisa mais destrutiva,corrói por dentro,e mata aos poucos.

Lindo Post amiga!

Bjooooooo!

Geórgia Cavalcante Carvalho disse...

Caio está certo sim. Mas alguns insistem não por fé, mas por esperança.

E a escolha do que fazer é pessoal e intransferível.