quarta-feira, maio 27, 2009

Sem lógicas.

É o que a gente dá a quem não consegue se fazer perpassar nem pela lógica do significado, nem muito menos pela lógica do merecimento. Nem é ódio, nem é amor. É algo que nem consegue ser, de tão mórbido que é. A palavra por si só já diz tudo. E eu me nego a tecer maiores comentários.

sábado, maio 23, 2009

Reflexão.


De vez em quando é bom não levar a vida tão a sério. Mas, só de vez em quando. Muito de vez em quando...Adicionar imagem

domingo, maio 17, 2009

Ele(a).

Eu penso em você. Pode parecer loucura ou mentira minha, mas eu penso. Não é sempre, isso é verdade. Mas não importa. O que importa é a intensidade do sentir no momento que eu penso. Você nem existe ainda [e talvez nem venha a existir], mas quando eu te imagino, imagino tão fortemente que chego a sentir você dentro de mim. Dá um nó na garganta, um frio na barriga, uma coisa estranha - e olha que você nem existe ainda!... Imagine só quando existir...! É indescritível, talvez pra mim, que ainda não experimentei sua presença. Mas, sabe o que é? Eu tenho medo. É, eu tenho medo das mudanças tão drásticas e irreversíveis que você vai fazer em mim e na minha vida. Medo das dores tão peculiares às mulheres que decidem (conscientemente ou não) ter um trocinho tão lindo que nem você. Tenho medo das noites em claro que [pra sempre] passarei. Medo de ver você cair, de não saber o que fazer quando você chorar, de ver você gritar, e não conseguir aplacar sua dor, de não ter tempo suficiente pra você, de não saber colocar toda teoria que eu tenho em prática, de não ser boa o suficiente... Tenho medo de não querer mais sair de perto de você, e de chorar mais do que eu tenho chorado a vida inteira. Tenho medo de ver você crescer, de ver você dar de cara com esse mundo, e o pior de tudo é que isso tudo é inevitável, e eu não vou poder estar perto sempre, nem te trazer de volta pra minha barriga. Você nem me conhece ainda, mas quando estiver aqui dentro vai começar a me conhecer, e eu também tenho medo - sim, muito medo - de que você tenha medo da pessoa tão complicada que eu sou.

sábado, maio 16, 2009

Tu.


"Em que pensar, agora, senão em ti? Tu, que me esvaziaste de coisas incertas, e trouxeste o amanhã da minha noite. É verdade que te podia dizer 'Como é mais fácil deixar que as coisas não mudem, sermos o que sempre fomos, mudarmos apenas dentro de nós próprios?' Mas ensinaste-me a sermos dois; e a ser contigo aquilo que sou, até sermos um apenas no amor que nos une, contra a solidão que nos divide. Mas é isto o amor, ver-te mesmo quando te não vejo, ouvir a tua voz que abre as fontes de todos os rios, mesmo ele que mal corria quando por ele passámos, subindo a margem em que descobri o sentido de irmos contra o tempo, para ganhar o tempo que o tempo nos rouba. Como gosto, meu amor, de chegar antes de ti para te ver chegar: com a surpresa dos teus cabelos, e o teu rosto de água fresca que eu bebo, com esta sede que não passa. Tu: a primavera luminosa da minha expectativa, a mais certa certeza de que gosto de ti, como gostas de mim, até ao fim do mundo que me deste."
(Nuno Júdice)

quarta-feira, maio 13, 2009

Eu.

"Eu sei quem eu sou... os outros me imaginam."

(Pe. Fábio de Melo)


Apesar de transbordar sensibilidade, lágrimas e gritos, apesar de rolar de rir e de chorar no chão da minha existência, apesar das dores e dos choques à flor da pele, descobri que sou muito mais razão; sou pé no chão, olhar erguido para além do horizonte e mãos firmes. Se, por vezes, me desfaço em lamentos, sorrisos ou silêncios, não minto, essa também sou eu. Vista por outro ângulo, mas, ainda eu. Sou fraca, mas também sou forte, sou clara, mas também obscura, pareço facilmente decifrável, mas percebi [aqui mesmo no blog] que, na maioria das vezes, não é tão fácil assim compreender minhas entrelinhas. Sou disforme, mas autêntica, medrosa, mas instintiva... Sou equilibrista, dependurada na corda bamba da vida... Sou tênue, me rompo com facilidade... Sou serena, mas tantas vezes intensa... Vivo no limite de quase tudo, e gasto uma energia considerável para tal. Sou fiel à mim antes de ser fiel à você. Sou fiel àquilo em que acredito, aos meus princípios, e, sendo fiel a eles, encontro alicerce para exercer a minha fidelidade com aqueles que quero bem. Sou gente! Sou sangue pulsante, vermelho vivo, coração vive na boca, mas o cérebro não sai da cabeça... Sou pássaro recém-saído do ninho que aprendeu há pouco a voar, e voa por aí se esquivando dos dardos da vida, mas nem sempre consegue. Confesso que até tento, mas não consigo ser diferente. Escrevo esse post para ratificar o post abaixo. Escrevo mais pra mim do que pra que alguém o leia. Escrevo pra me derramar e pra confirmar à mim mesma quem eu sou. Sou feita de contrários, e isso me fascina. Só consigo enxergar beleza nisso... Sou apenas eu. Só isso.

domingo, maio 10, 2009

Uma mulher, como outra qualquer.



Ele foi a coisa mais absurda e mais lógica que já aconteceu na vida dela. Foi com ele que a teoria do controle remoto caiu por terra. Foi com ele que ela aprendeu a dinâmica dos contrários. Até porque eles eram totalmente opostos, e por isso, ratificavam as leis da física. Eles foram um para o outro sem nunca terem sido. Seus corpos nunca se encontraram, suas bocas nunca se descobriram, seus corpos nunca se desnudaram, e paira sobre eles uma certeza: nunca haverá consumação alguma. Mas isso não muda nada: ele foi uma das coisas mais intensas que já passou pela vida dela. Ele arrancou dela lágrimas, sorrisos, tremores e dores de alma terríveis. Ele fez ela sentir a sensação dilacerante e indescritível de reconhecer quem ela era, de fato: uma mulher, como outra qualquer... no sentido mais literal da palavra... 

sábado, maio 09, 2009

(In) Sanidade.


Eu não sei até que ponto minha sanidade vai me fazer bem, me trazer felicidade ou, na pior das hipóteses, me enlouquecer. Mas o fato é que eu ainda prefiro confiar nela...

segunda-feira, maio 04, 2009

Para minha amiga.

Você me disse que me ama porque eu sou assim. "Assim" significa neurótica, chata, hipocondríaca, tirada, dramática, teimosa e blá blá blá. Apenas me ama. Não me ama mesmo assim. Nem apesar de eu ser assim. E isso é tão bonito! Perceber que esse sentimento burla a precariedade que envolve minha condição humana, que não me reduz àquilo que eu tenho ou posso oferecer, que é mais do que gratuito, porque enxerga naquilo que eu tenho de pior um provável contrário...! E se fia nisso. Talvez seja pretensão minha dizer que nesse seu amor exista um quê que perpassa pela divindade de Deus e pela humanidade de uma mãe. Mas é assim que o sinto. E tenho aprendido muito com tudo isso. De fato, pude ver concretizar em você o sentido de uma frase que me é tão antiga: "os maus não são bons porque os bons não são melhores"...

sexta-feira, maio 01, 2009

Bate-papo...



Papo de homem: futebol, mulher e sexo (não necessariamente nessa ordem).

Papo de mulher: maquiagem... maquiagem... e maquiagem...!
Rsrsrsrsrsrs...