quinta-feira, agosto 04, 2011

Minha anfitriã.


Andando por aí. Aprendendo a aproveitar da forma mais intensa a visita ultra-hiper-mega surpresa que a  felicidade me fez nos últimos dias. Ela é nômade; vive de passagem. Aparece no céu da vida na mesma frequência que o cometa Halley no céu do mundo. Tem prazo de validade curto. É altamente volátil, por isso, deve ser consumida de maneira hermética. É discreta; primeiro entra de fininho, e só cá dentro se desfaz em festa. Mas, de repente se refaz e se espalha pelo corpo, e resolve, por fim, estampar a nossa cara. Imprime purpurina nos nossos olhos. Repuxa os lábios em sorrisos incomuns. Impregna a alma de um otimismo sem fim. Dissolve os temores. Infla nossos poços de coragem,  Mas, também, no dia que resolve fazer as malas, ninguém a segura. Tem gênio forte. Parte sem sequer olhar pra trás. E é justamente por isso que, por mais que esteja sendo delicioso tê-la (eu até já tinha me esquecido como era isso), eu também ando tentando não me apegar a ela. Prefiro que ela seja minha anfitriã. Que me carregue em seus braços durante sua passagem. Porque, antes, prefiro correr o risco de querer desistir dela, ao risco dela se cansar de mim.

5 comentários:

Pati Eça disse...

É... ser feliz as vezes, deixa marcas que são bem doloridas....bjs

Lari disse...

"Porque, antes, prefiro correr o risco de querer desistir dela, ao risco dela se cansar de mim."

É melhor mesmo que seja assim, a gente não sofre com expectativas...

tomará que a felicidade fique bastante tempo com vc... ah, se der manda um tiquinho pra gente... rsrsrs

bjo

Lu disse...

Por mais apego que tenhamos a ela, sem dúvida há momentos que ela resolve se retirar sem avisar. Melhor aproveitar a presença dela enquanto resolve ficar. Espero que ela fique muito tempo com vc! BJus!

Verônica Barbosa disse...

tem alguns pontos que discordo de vc. Para mim felicidade não vem de fora, ela está dentro de nós depende só da forma como escolhemos encarar as coisas que passamos na vida, no entanto já que ela está por perto, aproveite bastante...bjs

Ieda Sampaio disse...

Não sei se a felicidade é nômade. Talvez nosso jeito de vê-la, de compreendê-la.
Como Pessoa, acho que a felicidade está aqui comigo sempre, ao meu lado, discreta, quietinha... e que ela não seja dada às minhas euforias, posto que nos estremos eu me desgasto, eu me canso.
Jorge Camargo afirma que felicidade é uma porta que sempre se abre pra fora. Não para dentro. Tou pensando nisso.
Menos, é isso que quero da vida. Rs.