sexta-feira, agosto 05, 2011

De cabeça.


E eu, justamente eu, que te pedi pra não atropelar as coisas, perdi o freio, tô descendo [de cabeça] ladeira abaixo. Pedindo a Deus, que, no mínimo, eu te encontre ao final dessa queda. Que eu só não me quebre além do que eu consiga consertar. Que eu me perca, mesmo que demore um pouco pra eu me achar. Que a tua luz até me cegue os olhos, contanto que você seja meu guia. Que tua mão me toque, ainda que o choque seja fatal. E que, se a morte resolver aparecer, que ela me chegue branda, pra que toda essa sensação de vida se esvaia vagarosamente.

4 comentários:

Pati Eça disse...

Essa sensação de vida... é isso que nos motiva, nos deixa sem freios, sem rumo, vibrantes. É exatamente essa sensação que nós provoca atitudes impensáveis, improváveis e até enviáveis. Mas que também tem a capacidade de nós fazer tão bem e tão mal ao mesmo tempo.
Beijos

Igor Mascarenhas disse...

A vida vivida no seu ápice (seja lá o que isto significa) tem a mesma sensação que tive quando li seu texto. Continuamos respirando e vivendo
Beijos

Lari disse...

"E eu, justamente eu, que te pedi pra não atropelar as coisas, perdi o freio, tô descendo [de cabeça] ladeira abaixo."

as vezes é bom perder o controle...

joão disse...

(Amor)Só ele mesmo se explica... Que sentimento mais sem nexo, sem pé, nem cabeça... Só precisa dum coração...