quinta-feira, setembro 17, 2009

Saudade.


Sentada na beira da janela, na calada madrugada. O vento frio que me visita traz consigo uma saudade que nem tem tamanho, porque abstração não se mede... Nas fotos e nas músicas, lembranças de tantos verões e invernos, de tantos momentos, de tanta gente! Gente que passou, mas não conseguiu ficar, gente que partiu e não mais quis voltar, gente que sequer chegou, gente que ficou mesmo tendo partido... Saudade. Sentimento em branco e preto que colore minha história, que mesmo sem aparente concretude é um dos motores da minha existência e prova da intensidade de pessoas e momentos sobre mim. Tudo passou, mas ainda percebo tudo aqui, impregnado de uma constância absurda de amor; o que deu pra agarrar eu agarrei, e hoje é coisa que já entranhou na alma, e nem a crueldade do tempo consegue arrancar de mim, porque, como disse a célebre Adélia Prado: Aquilo que a memória amou ficou eterno.

5 comentários:

Carolina Braga disse...

Ei, sério, isso nem é comum, mas tenho dado pra ficar sem palavras ao te 'visitar'.

Beijos, poesia [rara]!

;]

Unknown disse...

Nossa Mare, com seu texto me lembrei de tantos momentos bons que vivi. Deu saudade de tantas pessoas que estão longe...
Parabéns pelo texto.
bjs

Igor Mascarenhas disse...

Você simplesmente leu minha alma e traduziu o que sinto em palavras...Agora já não escrevestes isto para ti mesma, tomo posse das tuas palavras, sou dono delas junto a ti.

*Lu* disse...

Mari, como canta Pe. Fábio de Melo, "a saudade é um lugar que só chega quem amou". Rubem Alves diz ainda que "A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar."
Se a alma quer voltar é porque as pessoas, os momentos, nos marcaram de forma positiva. Confesso que a saudade chega a doer quando me dou conta da impossibilidade de reviver o que minha alma quer. Bjus, amiga!

TAMII!!! disse...

Mariiiiiiiii.....
Muito lindo,ai me lembrei de tantos momentos...mas ai chorei novamente...srrsrrs...
mas esse texto ta perfeito...
PARABENS!!!!


BJUS!!