quarta-feira, abril 25, 2012

Caos.



  ♫ Sei lá, a tua ausência me causou o caos...


(Maria Gadu)

Uma desordem sem começo, sem fim, sem meio. Calafrios. Lipotimias. Uma dor sem nome nem tradução. Uma fome absurda advinda, talvez, da tentativa [vã] de compensar tanto vácuo. Alucinações: olhava pro céu e desejava uma abdução como única alternativa de burlar a intensidade manifestada por um coração que esqueceu três décadas de lições e se debruçou, insana e desvairadamente, em se dar pra ele. Vi minha inspiração respirá-lo. Tantas madrugadas em claro, tantas permissões interiores, tanta perfeição na leituras de cada olhar, tanta incredibilidade diante de nós dois; tão raro encontrar alguém com quem se possa, realmente, fazer amor!... Do nada, ele se fez meu tudo. De tudo, ele resolveu se esquecer. De tudo, a dor resolveu ficar junto com o esquecimento dele. De tudo, ele se tornou o meu nada. E, agora, de nada adianta tanto tudo dentro de mim. Tanto tudo, pra nada.


~ Mari Teixeira ~

Um comentário:

Joquebede disse...

"... Do nada, ele se fez meu tudo. De tudo, ele resolveu se esquecer..."
Muito perfeito Mari! ADOREI!