terça-feira, março 13, 2012

Cedo.


Descobri cedo o quanto sua ausência é volumosa. De fato, havia pouquíssimo tempo que a cola dos nossos corpos havia se liquefeito; horas, talvez. Mas ainda assim eu ouvia o gritar de cada segundo que o relógio redondo da cozinha teimava em lentificar, fomentando ainda mais a expectativa de me enxergar no seu olhar, mais uma vez. Descobri cedo,  tão cedo quanto eu abro a porta pra você ir embora da minha casa e abri as portas de mim pra você entrar. Um cedo tarde, mas com cara de aurora, e não de crespúsculo. Medos que nascem junto com o sol. Mistura terna de sentimentos e sensações, e a certeza do presente que o presente tem nos dado: um ao outro. Inusitadamente, nós.

~Mari Teixeira ~

5 comentários:

John Sanctus disse...

Lindo demais isso..."presente que o presente tem nos dado"...desfrutemos desse presente até gastá-lo!!!

Verônica Barbosa disse...

Amei...O presente que o presente tem nos dado...Viver o tempo presente como um grande "presente" o de viver...Isso faz a vida valer a pena...

Verônica Barbosa disse...

P.S. cadê você, já fiz dois post e nenhum comentario, tudo bem que eles não são assim "Perfeitos" mas vale dar uma passada lá viu? kkkkk bjs

Pati Eça disse...

Que lindo Mary... Nossa é tão bom saber e ver que vc está cada dia mais feliz!!!
Beijos

Lari disse...

esse deve ser o caminho, siga...