quarta-feira, janeiro 06, 2010

Não sei.

Coração anda vazio de doer. Um murmúrio qualquer, demanda um eco sem fim. Pode até ter alguma coisa aqui, mas assim, à olho nu, não consigo enxergar nada. Não sei em que proporção nem em que dimensão você se encontra dentro de mim - se é que ainda se encontra. Não sei se é mais coerente utilizar um microscópio ou um telescópio pra te vasculhar; aliás, nem sei se quero te encontrar mais. Ter você aqui foi bom; não ter [aparentemente], tem sido indiferente. Eu não consigo achar algum adjetivo pra classificar esse estado de ausência que configura toda aquela abstração que pra mim foi tão concreta. Acho que prefiro te deixar quieto, in ou out. Não sei se tampono os ouvidos pra não ouvir teus monossílabos, se vendo os olhos pra não ver tuas visitas ou se me calo pra não falar o indevido. A impressão que tenho é que você passou, deixou rastro, mas ando tão exausta de tudo que não esboço a mínima vontade em seguí-lo. É que eu sou gente, sabe? E gente cansa.

Um comentário:

Geórgia Cavalcante Carvalho disse...

Sim... Gente cansa. Porque viver é algo exaustivo. É bom deixar que os rastros se apaguem ou ainda, decidir por conta própria, seguir outro caminho. Mas só depois do devido descanso. Porque para viver além, é preciso tomar fôlego.