terça-feira, janeiro 26, 2010

Eu vi.

Ninguém me contou, eu vi. Foi um magnetismo descomunal. Atraiu, envolveu e sutilmente fez brotar um sentimento que irrompeu a lógica rotina daquelas vidas de uma forma inusitada. Ímãs. Me pareceu tão intenso! Coisa bonita de se admirar. E, na hora, sorri. Não pude deixar de imaginar o quão maravilhoso seria que todo mundo, ao menos uma vez nessa vida, pudesse experimentar a intensidade e a singularidade daquele momento, comprovando veementemente as leis da física e os princípios químicos que o regem, na própria pele; o sublime encontro do áspero com o veludodo. Uma complementaridade quase perfeita. A incrível mescla dos sentidos; todos sincronizados, bailando naquele breve espaço de tempo. Um universo ao redor, e o tempo parado ali, mas com passagem comprada pra partir no trem do minuto seguinte. Havia um grande medo do trem não perfazer mais o caminho de volta. E um rio de poréns, de porquês, de comos, de ondes, de perguntas sem respostas e sensações latentes, cimentadas na alma que resolveu ficar. Ah, o trem! Faz dias que estou na janela... e agora só consigo enxergar a espera. Tem tardado. Acho que ele não volta mais, não.

6 comentários:

Nara. disse...

daqueles que eu leioo e nem imagino o que comentar... de tão SEU que é!
rs!
saudades Mari =*

Ione Rocha disse...

" experimentar a intensidade e a singularidade daquele momento, comprovando veementemente as leis da física e os princípios químicos que o regem, na própria pele; o sublime encontro do áspero com o aveludado. Uma complementaridade quase perfeita." Quaaaseeeee??????
Ai carambaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!kkkkkk

*Lu* disse...

Amiga, admiro muito esse seu jeito de colocar poesia até nas coisas simples e nas coisas tristes. Beijo!

Unknown disse...

É miga! Já passei por isso, de me deparar com alguns momentos da vida que ficaram guardados na memória, impregnados na alma, pele e sentidos, de tal modo, que a espera em revivê-los nos angustie tanto, pela sensação de não sabermos se o trem voltará um dia.

Geórgia Cavalcante Carvalho disse...

esperar faz parte do vivênciar. não importa que ele não volte nunca mais. o que foi vivido é seu. para sempre.

Joquebede disse...

NOSSA! perfeito! as palavras são tao bem ditas e tão intensas que chegam tirar o fôlego de quem as lê!
bjoo Mari!
saudade!