
"Não, meu coração não é maior que o mundo. É muito menor. Nele não cabem nem as minhas dores. Por isso gosto tanto de me contar. Por isso me dispo, por isso me grito, por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente (...): preciso de todos." (Carlos Drummond de Andrade)
sexta-feira, janeiro 29, 2010
Os ignorantes são mais felizes.

Invenção.
terça-feira, janeiro 26, 2010
Eu vi.
segunda-feira, janeiro 25, 2010
Livre-arbítrio.
quinta-feira, janeiro 21, 2010
Todo carnaval tem seu fim.
sexta-feira, janeiro 15, 2010
Agora.
terça-feira, janeiro 12, 2010
Contrastante.

"E tem o seguinte, meus senhores: não vamos enlouquecer, nem nos matar, nem desistir. Pelo contrário: vamos ficar ótimos e incomodar bastante ainda."
{Caio Fernando de Abreu}
Dizem por aí que ela incomoda. E muito. Que é chata, antipática, metida a besta e outras coisas do gênero. Dizem que ela é linda, que ela é horrorosa, que é ridícula e maravilhosa. Que usa chinelos durante o dia, que comprou um celular novo, que de um dia pra o outro criou asas. Que passa na rua e não fala com ninguém e que cola de enjoar em quem ama. Que ela não tem o que fazer e que essa coisa de trabalhar e estudar é pura ambição. Dizem um bando de coisas. Dizem o que querem dizer. Mas ela é o quê mesmo? Um bibelô, uma boneca? Ou seria uma bruxa travestida em fada? Não. Ela é ela mesma. Linda. Segura de si. Seletiva. Singular. Autêntica. Contrastante. Diferente. Por isso acaba por ressair um pouco na multidão. Muda a rota dos holofotes, sem intenção premeditada. Sem falsa modéstia. E mais uma vez incomoda. Vive tão preocupada com seus próprios problemas que não tem tempo de fuçar a vida alheia, e muito menos de se incomodar com os incomodados. Anda tão ocupada com seus próprios defeitos, que pouco os enxerga no outro. Ela , que descobriu que a vida é hoje, frágil, efêmera, e quanto mais leve ela for, mais fácil fica carregá-la. E não se esquenta com nada disso. Porque no final das contas, quem paga mesmo as suas contas é ela. E ponto final.
domingo, janeiro 10, 2010
Carta aos meus amigos.

quarta-feira, janeiro 06, 2010
Achei.

Não sei.
Coração anda vazio de doer. Um murmúrio qualquer, demanda um eco sem fim. Pode até ter alguma coisa aqui, mas assim, à olho nu, não consigo enxergar nada. Não sei em que proporção nem em que dimensão você se encontra dentro de mim - se é que ainda se encontra. Não sei se é mais coerente utilizar um microscópio ou um telescópio pra te vasculhar; aliás, nem sei se quero te encontrar mais. Ter você aqui foi bom; não ter [aparentemente], tem sido indiferente. Eu não consigo achar algum adjetivo pra classificar esse estado de ausência que configura toda aquela abstração que pra mim foi tão concreta. Acho que prefiro te deixar quieto, in ou out. Não sei se tampono os ouvidos pra não ouvir teus monossílabos, se vendo os olhos pra não ver tuas visitas ou se me calo pra não falar o indevido. A impressão que tenho é que você passou, deixou rastro, mas ando tão exausta de tudo que não esboço a mínima vontade em seguí-lo. É que eu sou gente, sabe? E gente cansa.domingo, janeiro 03, 2010
Corro.

sábado, janeiro 02, 2010
Vazou.

