Há dias nos quais me sinto condenada, ainda que esteja longe de grades e algemas. Condenada a um peso aparentemente infindável, ao frio e ao vazio imenso que a cela da minha alma me reserva. Presa ao que chamam por aí de destino, ainda que eu não acredite nele. Escrava do acaso, das coincidências, das evidências e do movimento de rotação do planeta. Porque essa sensação [literal] de que ele gira, gira, mas a gente não sai do lugar tem sido cada dia mais concreta aqui dentro de mim.
"Não, meu coração não é maior que o mundo. É muito menor. Nele não cabem nem as minhas dores. Por isso gosto tanto de me contar. Por isso me dispo, por isso me grito, por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente (...): preciso de todos." (Carlos Drummond de Andrade)
sexta-feira, novembro 27, 2009
Prisioneira.
Há dias nos quais me sinto condenada, ainda que esteja longe de grades e algemas. Condenada a um peso aparentemente infindável, ao frio e ao vazio imenso que a cela da minha alma me reserva. Presa ao que chamam por aí de destino, ainda que eu não acredite nele. Escrava do acaso, das coincidências, das evidências e do movimento de rotação do planeta. Porque essa sensação [literal] de que ele gira, gira, mas a gente não sai do lugar tem sido cada dia mais concreta aqui dentro de mim.
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3 comentários:
A gente sente muito parecido as coisas e a vida. Consequetemente, me vejo aqui descrita. Aqui, não me sinto só.
Bacio!
um dia a gente descobre que andou, saiu do lugar...
há processos lentos que a gente quase não sente e por isso sofre.
Também não acredito em acasos,em destino,mas eles fazem questão de passar por mim...
Amei esse post!
Bjoooos amiga!
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