quarta-feira, novembro 03, 2010

A mais estranha forma de amar.

Se eu contar, ninguém acredita. Se me contassem, tampouco eu acreditaria. A estória é cinematográfica, inimaginável, embora se configure uma reprise daquilo que acontece diariamente na grande maioria dos lares do planeta. Pode ser comparada a uma novela mexicana, tamanha verossimilhança. É tragédia pré-descrita desde que o mundo é mundo: por inveja, Caim matou seu irmão legítimo, Abel. Talvez por isso, não devia nos espantar tanto. Afirmo, sem a menor sombra de dúvidas: a necessidade de estar acima do outro ainda vigora. A consaguineidade, hoje, não é garantia de nada. As mais duras pedras são arremessadas da janela da nossa própria casa. Os mais cruéis atos e as mais toscas perversidades também fluem de lá. É consequência do amor-próprio em excesso - o egoísmo - que abandona sua essência e se traveste em ódio. Sim, muito estranho, mas tenho quer concordar com Fábio de Melo: o ódio é uma forma muito estranha de amar...



* Trecho da música "Contrários", autoria de Pe. Fábio de Melo (adaptado).

3 comentários:

*Lu* disse...

"As mais duras pedras são arremessadas da janela da nossa própria casa."
É triste, mas infelizmente é o que acontece mesmo. Parece que para muitos o conceito de "família" mudou ou está mudando e o reflexo está na nossa sociedade. Abração!

Gi Novais disse...

"As mais duras pedras são arremessadas da janela da nossa própria casa."
Forte isso.

Lari disse...

"A necessidade de estar acima do outro ainda vigora."
Pois é, tem gente que pensa que "pessoas" são escadas...