quarta-feira, setembro 29, 2010

Prefiro assim.


Ontem, bem de longe, avistei a esperança. Do outro lado da rua da minha vida. E tive medo de tê-la novamente. De vê-la escapulir mais uma vez por entre os interstícios dos meus dedos. De cair, de novo, na rede pegajosa da frustração que existe lá no fundo do poço. Muito medo. De voltar àquela esquina onde eu me punha todos os dias a esperar pela felicidade prometida. Quanto medo! Das poças d'agua beirando a calçada, da lama na cara, dos pés doloridos, da volta pra casa sob a penumbra das ruas. Da dor se intenficar, de eu não mais resistir. É, eu avistei a esperança. Mas me escondi. Ninguém entende. Às vezes, nem eu. Mas, acredite; por enquanto, prefiro assim.

4 comentários:

Lari disse...

é as vezes a esperança assusta e dá medo mesmo...

Pati Eça disse...

me sinto muitas vezes assim; Com medo.

*Lu* disse...

"É, eu avistei a esperança. Mas me escondi. Ninguém entende."
Quem sente, entende... ;)
Bjus!

Joquebede disse...

"..De voltar àquela esquina onde eu me punha todos os dias a esperar pela felicidade prometida.." é..esse post ta a minha cara..rs
Adorei Mari!
bjoo