quinta-feira, setembro 16, 2010

Um mês.


Hoje fez um mês que você partiu e eu ainda não consigo acreditar. Eu ainda acho que você viajou pra Salvador, que vai surgir do seu quartinho de música de repente, ou vai chegar da rua com mais um DVD pra me mostrar. Hoje fez um mês que aquele vazio se instalou, que eu procuro você pelos cantos, que eu ouço Nat King Cole e só sei lembrar de você e dos momentos que eu vivi no largo tempo que eu passei por perto, convivendo diariamente - muito mais que a metade da minha vida. Faz um mês, e é mesmo como me disseram: uns dias de brandura, outros de uma saudade que aperta o peito sem piedade, e me faz chorar como chorei no dia em que você partiu. E eu me viro pra aquela sua foto enorme na parede lá da sala, e mesmo chorando, sorrio, porque não consigo mais encontrar tristeza nessa ausência; só uma saudade que não tem nome nem tamanho, só uma paz imensa concentrada no seu sorriso tão cheio de humildade. E por fim me comprazo mais uma vez em ser sua continuidade. Porque você partiu, vô. Mas continua existindo em mim.

5 comentários:

Verônica Barbosa disse...

Que lindo Mary, mas uma vez repito as palavras de nelsinho Correia:
" Só se tem saudade do que é bom, se chorei de saudade, não foi por tristeza, foi porque amei..."

*Lu* disse...

Amiga, mais uma vez me emocionei com suas palavras. Bjus!

Lari disse...

Lindoooo!!!

Pati Eça disse...

Lindo Mari e forças

reflexões e relevâncias disse...

Que bom que no lugar da tristeza ficou somente a ausência.Uma ausência que vive dentro de nós,nutrida pela saudade e pelas coisas boas de se lembrar...

Lindo texto mesmo!
Bjim!