terça-feira, junho 22, 2010

Ninguém.

É, meu amigo. Acho que [talvez] ninguém nunca entenda o significado desses tons pastéis que colorem nossas vidas, bem como nossa impreterível preferência por eles. Nossas oscilações constantes e abruptas, nossa urgência de viver, nossos momentos de reclusão, a forma diferente com a qual as coisas entram na gente e, extrema e intensamente, ficam pra sempre ou saem [também pra sempre] da mesma forma. Ninguém vai entender nosso culto ao silêncio e nossa adoração aos acordes melancólicos, nossa dificuldade de adaptação e a certeza de que, se não passarmos logo nossos genes, seremos trucidados pela seleção natural. Ninguém vai entender essa coisa à flor da pele, nem tanta subjetividade, essa angústia de ser e não ser, e muito menos essa nossa visão que nos faz parecer meros sobreviventes do romantismo; ou seja, quase mortos-vivos. Ninguém vai entender a paradoxalidade e a complexidade de que são feitas nossas auras nem nossas almas de artista, que porta um coração de vida própria, que bate quando quer, do jeito que quer e faz fluir essa essência. Diferente. Única. Incomum. Acho que ninguém.

3 comentários:

Geórgia Cavalcante Carvalho disse...

as linhas, entrelinhas, cores e subtons que pululam a nossa vida são tão particulares e peculiares que poucos são aqueles que nos enxergam, percebem e veem.

*Lu* disse...

Dentro de nós existe realmente um "infinito particular" que ninguém é capaz de decifrar por mais que se esforce para tal. Abraços!
P.S. Adorei o plano de fundo! rsrs

Ione Rocha disse...

Sabe o que eu acho?
Que vivemos constantemente insatifeitas porque o nundo tem nos ensinadoa aceitar pouco, migalhas, nossa sociedade se reduziu a aparencia. Agora todo mundo tme medo de tudo por que n sabe mais quem é quem, e n sabe mais lidar com o 'ser' do outro. A gente sofre por ser, aquilo que ninguém vê, alem do que julgam sobre nós.