terça-feira, junho 29, 2010

Juras.

- Tenho uma coisa pra te contar.
- O quê? Que você me ama?
- Melhor...
- Então o que é?
- Eu tô apaixonada por você.
Uma pausa. Um sorriso. Um olhar.
- E eu sou apaixonado por você...
- Jura?
- Juro!
Outra pausa pra continuar.
- É que eu sempre acreditei nesse nosso amor...
E eles juraram. Juraram em silêncio. Juraram por hoje. Pelo segundo que passava por eles. Pra sempre, não. Pra sempre é hipocrisia, e entre eles pode ter existido tudo, menos isso. Existe uma crueldade muito grande envolvida nessas promessas eternas, que quase sempre machucam demais. Eles juraram pra si, sem que nenhum dos dois soubessem que aquelas juras eram feitas. Não juraram por nada nem por ninguém, porque ninguém tem nada haver com eles. Eram mais juras em tom de esperança, do que em tom de promessa. E adormeceram. Assim.

3 comentários:

Pati Eça disse...

Lindo!!!!

Ione Rocha disse...

Eu quero! A vantagem de ler o que vc escreve é sentir o peso de sentir, e ainda mais forte do que toda a resistencia, a vontadde de (voltar) acreditar...

Geórgia Cavalcante Carvalho disse...

as juras deveriam sempre ter um pé na esperança, mas as pessoas teimam em colocar no eterno... e tudo flui, tudo muda. até sentimentos e desejos.
e quando aquele turbilhão de tristezas e dores chega, sempre machuca demais.