quarta-feira, março 03, 2010

Melancolia.

Fazem-me bem essas gotas alternadas de melancolia que caem junto com o chuvisco regando essa noite nublada de março. Gatilho ideal de expulsão dos excessos daqui de dentro. Então, escrevo. A brisa é fria. As gotas são brilhantes, e chego a equipará-las com as estrelas que as densas nuvens teimam em esconder. A lua cheia, reclusa atrás da nebulosidade, faz falta; mas, sua majestosidade transparece ainda assim. Nana Caymmi canta Jobim no meu fone de ouvido, e a quase-perfeição da noite se completa. Estranhamente, o que falta pra torná-la completa, acho que ainda permanece dentro de mim. Mas é incapaz de eclodir por si só.

3 comentários:

*Lu* disse...

A imagem por si só já diz tanta coisa,mas combinada com as suas palavras ganhou um toque mágico nesse post. Cada dia seu cantinho me encanta mais. Beijos!

Carolina Braga disse...

PQP!...

Já disse que fico impressionada com a tua capacidade de terminar aquilo que inicia? E essa é a parte mais difícil de todas as histórias - as fictícias, as reais, as escritas e as não-escritas.

Parabéns, poesia! :)

Geórgia Cavalcante Carvalho disse...

o que é incapaz de eclodir por si só, poderá eclodir em um temporal de sentimentos avassaladores.