segunda-feira, janeiro 30, 2012

Eu tive um cafajeste.


Eu já tive um cafajeste. E ele era lindo - como a maioria deles. Era não; é. Anda vivíssimo por aí. Ele é igualzinho eu descrevi há algum tempo atrás. Só insistia em não deixar a barba levemente mal feita, mas tirando esse leve defeito de embalagem, o pacote era completo - cueca box, corpo sarado, ultra-perfumado, inteligente, papo-furado, charme, cinismo, lábia, qualidade no serviço e, claro, a marca registrada de todos: a pegada. Sim,  eu tive um cafa. Sinto-me bem vinda ao clube das mulheres que tiveram a sorte de passar pelo crivo dos representantes da espécie em questão, afinal, eles não pegam qualquer uma não; a maioria possui um critério de seleção próprio e um controle de qualidade de alto nível, claro, segundo seus padrões particulares. Sinto-me bem vinda não só por ter tido a oportunidade de experenciar sensações, fatos e situações inéditas, mas também (e sobretudo) por poder ratificar aquilo que há alguns meses descrevi de forma absolutamente empírica aqui no blog. Confesso que, a partir dele, aprendi muitas coisas.

Eu tive um cafa, e ele me chamou de cafa também. É excitante, é moderno e tal, mas, não se engane; não se trata de um adjetivo que venha denotar admiração ou coisa parecida; a verdade é que eles criam situações que exigem determinados tipos de expressões e vocábulos, e a gente vai na onda, e tem que ir mesmo, senão não vale. Ou melhor, é nessa hora mesmo que vale tudo. Decidir dar pra um cafa e não se jogar, não é dar pra um cafa; é emprestar (e tem que ser muito frígida pra só emprestar pra um tipo desses...). Dica 1: dê pra um cafa, mas não espere que ele devolva nada além de prazer. Dê ciente que, caso você volte pra casa com algum déficit, no outro dia, ou até na mesma hora, dá pra passar numa loja de conveniências e repor o que ficou fora do lugar. Agora, se submeter a desenvolver um possível problema de cunho psicológico e, quiçá, psiquiátrico, e ainda sair da história sem ser jogada numa mesa e ser informada que você é a tal comida, sem um chupão no pescoço ou uma marca de mão na bunda, sem "brincar" de Rose & Jack com o vidro embaçado do carro... aí não dá. Dê, mas usufrua de talentos dele sem moderação, use-o. Dê, mas antes lance mão dos coraçõezinhos que sobrevoam a sua cabeça e guarde na bolsa pra usar com o próximo namorado. E quanto ao seu músculo pulsante, ligue a luzinha do stand by, e coloque no piloto automático: que ele bata, rápido e muitas vezes, mas só pra levar o sangue aonde se precisa...

Toda atmosfera inicialmente romântica faz parte do jogo e da dança enlouquecida dos hormônios, e passa no segundo exato após ele gozar. Atenção à fórmula abaixo:

qt = 1
        R

Ela demonstra que a quantidade de transas (qt) é inversamente proporcional ao nível de romantismo (R). Ou seja, quantas vezes mais vocês transarem, menos romantismo irá existir; só que mais gostoso será, e mais viciada você vai ficar. Dica 2: dar uma vez só é quase impossível, a não ser que o cafa não queira um remember. Dessa forma, é só racionalizar a parada no caminho do motel: "é só sexo, é só sexo, é só sexo...". Faça o idiota do seu coração entender isso. Do contrário, você tá fudida. Por sorte, o fofo do meu cafa me informou antes acerca desse detalhe - o que me poupou gasto de energia extra e mais sessões de terapia por semana... rs!

Como uma criança que implora o brinquedo da vitrine da loja mais cara do shopping center à mãe e, depois de três dias deixa o coitado jazir dentro de uma caixa no armário, como quem chega na confeitaria e pede o maior pedaço daquele pudim delicioso e não suporta comer nem um terço dele, é exatamente assim que ele vai agir. É óbvio. Que surpresa há nisso? No fundo a gente já sabe. A gente sempre sabe. Entendam uma coisa, caras colegas - vítimas ou não dessa raça deliciosa desgraçada - eles vivem a filosofia do 3C: caça, conquista e cama. Cada etapa dessa requer uma estratégia - palmas, por favor, para eles. E sabe o que é mais doido? É que você vai ler isso tudo aqui, vai sair pra balada avassaladora achando que nunca mais vai ser alvo da filosofia do 3C, e só vai se dar conta que ele é um cafa e que sim, você caiu na sua rede, quando se perceber na cama redonda de um motel, depois de uma transa m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-a, olhando pra o espelho rachado do teto... Você vai se perguntar e depois perguntar a ele como aquilo pode ter acontecido, e ele vai fazer uma piada típica, e vocês vão rir, conversar, comer uma batata Ruffles e tomar uma coca-cola, pagar a conta e voltar pra casa se perguntando: por que mesmo é ele que joga pra fora e eu que me sinto vazia?... 

E não, ele não vai ligar no outro dia (outra coisa que eu já sabia), nem no outro, e nem tão cedo, pois final de caçada é final de caçada e ponto (assim como uau é uau também e ponto). Você vai sentir vontade de ligar pra ele pra perguntar onde fica o botão do tesão que ele ligou em você, mas ele não vai atender, ou vai atender, mas não vai dizer, simplesmente porque ele não quer dizer, por sacanagem, ou porque ele pretende voltar e já quer lhe deixar no ponto, pra ter menos trabalho. A nossa sorte é que existem outros homens que, mesmo sem serem da classe, fazem tão gostoso quanto...

Por fim, se você, minha filha, assim como eu, porta  no seu cromossomo X o gene-do-dedo podre, responsável pela terrível Síndrome da Tendência ao Cafajeste, sinto-lhe informar que não há cura para tal afecção. Restam-nos poucas alternativas, dentre as quais:

- entrar em depressão e viver a base de tricíclicos, inibidores seletivos da recaptação da serotonina e ansiolíticos e gastar milhões com psicólogos e psiquiatras;
- virar freira ou ficar solteira pra sempre por conta do trauma adquirido;
- tornar-se uma cafa também e f*&%$# com o  time do resto dos homens do planeta;
- pegar e não se apegar, ligar o "foda-se" e ser feliz;

E a última, a forma que eu escolhi pra encarar a vida pós-cafa: 

- vestir a roupa mais tudo, montar o make mais fashion, ficar mais linda que nunca, se virar pra fila e gritar: próximo!


~ Mari Teixeira ~


P.S. (O "próximo" estará sempre sujeito à rigorosa análise.)

domingo, janeiro 29, 2012

Decidi.

.

Decidi fechar a porta. Levemente. Sem batê-la na cara de ninguém. Bater pra quê? Vou só pedir licença. Lacrá-la. Me trancar com você cá dentro. E solfejar ao pé do teu ouvido leves canções seguidas de sons indistintos, próprios da nossa dança sob lençóis. Decidi ficar. Recostar minha cabeça no teu ombro esquerdo e sincronizar a harmonia dos acordes interpostos pela maestria dos teus dedos ao pulsar do teu coração, numa só melodia. Inflar teu ego e por tabela o que mais quiseres, e o que for necessário pra iniciarmos nosso encaixe. Decidi deixar do lado de fora tudo o que não cabe [ainda] entre nós e tudo o que pensa caber. Porta fechada, chaves sumidas; janelas cerradas, roupas perdidas. Decidi deixar ser...

sábado, janeiro 28, 2012

No céu ou pra onde eu for.


Pra não ter que cantar Epitáfio no céu ou pra onde eu for... 
Eu tenho vivido cada minuto intensamente! 
Chega de memórias póstumas desnecessárias...


~ Mari Teixeira ~

quinta-feira, janeiro 26, 2012

Hora de viver.


Até então não havia experimentado. Mas quando a boca toca o gosto, já era. Quando a língua se reconhece na textura da outra, fim de jogo. Quando o cheiro alcança o âmago do ser, o corpo toma o controle. Quando os sexos se encontram, as almas também se tocam. Coração bate forte, tesão bate na porta, vontade bate na razão e o relógio bate na parede. É hora de viver...

~ Mari Teixeira ~

Exceção.


E de pensar que eu odiava exceções. 
Que eu nunca te cogitei, nem imaginei 
ou sonhei que um dia você fosse se 
tornar uma. A exceção de todas as 
minhas regras - sem exceção.

~ Mari Teixeira ~

quarta-feira, janeiro 25, 2012

Toque.


E depois de me tocar tantas canções e de ter me tocado, depois de ter se feito meu e ter me feito sua, de ter me enfeitiçado com a cor da tua voz e o dedilhar de tantas canções afins, agora vens e me tocas inusitadamente, e me faz vibrar estridentemente como as cordas desafinadas de um violão numa noite fúnebre, de lua oculta e estrelas medrosas, ao jurar promessas mesmas em forma de notas a outro alguém... E depois disso tudo, ressoa a  dúvida: se deixo ficar apenas o toque da tua música ou arrisco sentir o toque da tua alma... Se ainda queres fazer de mim a tua única música, ou pretendes manter a vastidão do teu repertório...

domingo, janeiro 22, 2012

Gosto.


 Eu gosto do teu gosto. Do teu hálito. Do teu cheiro. Do teu suor pingando na minha barriga; de cada mililitro que minha língua toca. Do sabor dele adentrando minhas papilas gustativas. Da tua boca sugando meu peito. Do meu peito contra o teu. Da textura da tua pele. Do teu peso, ora leve, ora denso. Do teu calor que eu teimo em roubar. Da ebulição qhue tua mera lembrança me causa. Das lembranças... Gosto do teu toque firme. Da tua pegada certeira. Do teu jeito de conduzir as coisas. Das coisas... Aquelas coisas... De te sentir entrando em mim. Da necessidade que tu me despertas e da tua maestria em supri-la. De te ver adormecer sob o meu olhar, mediante o deslizar das minhas mãos no corpo teu. Eu gosto. Da sua capacidade de fazer as borboletas migrarem do meu estômago pra linha abaixo da minha cintura. Do jeito que você me arrasta pela cintura. Do teu jeito de fazer amor. Do cuidado escondido por detrás de tuas defesas. Da sagacidade taxiada nas suas brincadeiras. Gosto das suas promessas de vidro. Da tua acidez que atiça minha salivação. Da sutileza com a qual você rouba meus argumentos. Das sensações inéditas que você me proporciona. Da tua estranha intensidade: sem dores e sem ecos... 

sábado, janeiro 21, 2012

Meu mundo cá fora.


"E da janela do quarto, vendo uma vida
de estrelas passarem por seus olhos, algo lhe dizia:

- Tá vendo aquele mundo lá fora?

É seu, vai pegar!"



(Caio F.)

E eu fui. Eu vim. Sozinha. Como as estrelas são lindas de perto! Como é lindo o mundo daqui de cima! Aprecio com moderação pra não ter uma overdose - mas isso não quer dizer que nunca tenha me permitido ter uma... E até se morresse no redemoinho desse suposto excesso de viver, ou, quem sabe, atropelada pelo misto de sentimentos que também se atropelam a si próprios dentro de mim, o faria contente, por já ter cumprido parte da minha missão - talvez a mais importante de toda uma vida: ter colhido [muitos] momentos de felicidade e satisfação, ainda que um pouco mais tarde, cronologicamente falando.  Ter levantado daquela cadeira e participado, enfim, da minha própria vida. Tê-la beijado apaixonadamente e ter  sorrido enfaticamente pelo prazer em conhecê-la. De verdade. Tantas coisas necessárias à natureza humana são excluídas da nossa listinha de metas ou sequer são cogitadas... Valeu a pena... tem valido!... Agora as horas não correm nem se lentificam. Não tem mais porquê. Agora eu acertei o passo. Agora, a velocidade é constante, até naquelas horas nas quais a gente ousaria se debruçar sobre o ouvidinho do tempo e sussurrar: devagar... Agora eu não peço mais pro tempo parar; eu paro o tempo no instante mais belo.  E vivo. Agora eu não grito mais pro tempo voltar: eu volto nele quando eu quero. E vivo de novo, mas, sem descartar o novo.


~ Mari Teixeira ~

terça-feira, janeiro 17, 2012

O dia da caça.


A grande maioria dos dias pode muito bem ser do caçador, mas, não podemos ignorar ou deixar de admitir, como os próprios teimam em fazê-lo, que existem tantos dias deles quantos da caça, afinal, elas também tem instintos... de luta e fuga, e entrega... Existem sim os dias da caça, dias nos quais ela bate o olho no caçador, e ao invés de correr pra longe, deseja correr pra cima. O que não a torna sem valor em momento algum - nem quando ela resolve ceder à encurralada do caçador de primeira, e muito menos o torna menor diante dela, caso este se deixe levar pela sua astúcia. Fica a dica, caçadores: se vocês se preocupassem menos com a performance de vocês durante a caçada, e muito mais com a presteza de suas manobras após a captura, degustariam muito melhor a presa, independente da vez que ela caísse na sua rede...

~ Mari Teixeira ~

quinta-feira, janeiro 12, 2012

Ainda é.


É você mesmo o meu inferno particular. Meu paraíso intermitente. Meu vício perene. Minha incógnita ambulante. Meu iceberg flutuante.  Minha dulcíssima idealização - meu amargor. Minha mais involuntária obsessão. Meu não-querer mais traiçoeiro. Minha mentira travestida. Minha aceitação mais ridícula. Meu sonho póstumo. Minha culpa inexistente. Meu sexo mais ardente. Por enquanto, ainda é você.

Foi seu. O cheiro mais penetrante. A penetração mais perfeita. A perfeição mais imperfeita. A imperfeição mais bem aceita. A aceitação mais dolorosa. A dor mais prazerosa. O prazer mais intenso. A intensidade mais absurda. O absurdo mais ilógico. A lógica mais louca. A loucura mais lúcida. A lucidez mais incoerente. A incoerência mais consciente. A consciência mais leve. A leveza mais densa. Foi sua. E ainda é.


~ Mari Teixeira ~

terça-feira, janeiro 10, 2012

Sobre príncipes, sapos e (alguns) beijos.



Calma, menina! Vai devagar. Como diria minha avó, devagar com o andor, pois a santa é de barro. E de santa você não tem mais nada. Se é que um dia já teve. Então, calma! Olha pra cima, respira fundo... isso! Devagar. Calma de novo. Esse é só o início do início da sua vida. Eu sei que só agora você se deu conta de algumas coisinhas acerca de você mesma que todo mundo já sabia há tempos. Eu sei que assusta se conhecer de verdade e se dar a conhecer também. Eu sei que acordar de um sono de milênios, num tempo completamente diferente do seu é coisa de estorinha da Bela Adormecida, mas aconteceu com você, e agora não há como fugir. Você precisou de um beijo de um príncipe pra poder despertar daquele sono profundo, e que bom que deu certo. Ele foi o príncipe certo, no lugar certo, na hora certa da sua vida. Um príncipe lindo, cheiroso, delicioso, inteligente e bom de cama, diga-se de passagem. E como sua vida tem a mania de correr ao contrário, não poderia ser tão diferente: alguns beijos depois, eis que o príncipe vira sapo, bem na sua cara. Achei bacana essa sua tentativa insana de correr atrás dele para dar-lhe outro beijo e talvez desfazer o feitiço reverso, mas, concomitantemente, entendo o quão difícil seja realizar esse portento, posto que ele saltita enlouquecidamente a fugir de você. Então, lindona, esquece. Vai ver ele gosta de ser sapo. Vai ver ele sempre foi um sapo. Vai ver ele já tem uma sapa. Vai ver ele odeie a idéia de voltar a ser HUMANO e de se relacionar com uma HUMANA. Sei lá! Vai entender mente de gente... (ops! de sapo!)...

Mas, olha querida, por mais certo que ele tenha sido, acredite: os certos nem sempre serão os derradeiros... Assim como os sonhos independem da realidade para existir. Eu sei que você não se arrepende, e nem ouse sentir isso; se foi bom deve cair na malha da memória e ficar de relíquia p'raqueles dias inóspitos, nos quais as pequenas alegrias resolvem escapulir do instante presente. Eu sei também que você faria tudo de novo mesmo se tivesse uma bola de cristal, e sei mais ainda que se pintar oportunidade, você vai entrar no brejo sem pestanejar. Se você quiser, entra, mas entra pra curtir muito mais a água, a temperatura, o borbulhar do lance, do que o sapo em si... Não que ele ou você não mereçam, mas é que ele é um sapo... lembra? Então! E não se esqueça que virão outros príncipes, e outros sapos, e outros homens.  E são para esses últimos que você deve dispensar parte do seu sentir - eu disse parte. Porque príncipes não existem, sapos são de espécie diferente da sua, e homem nenhum merece todo o seu amor - guarda uma porção pra você, a gente sempre precisa uma hora ou outra de um pouco. E o mundo gira também, viu? Só os sapos parecem não saber disso...

~ Mari Teixeira ~

Vale a pena.


Quando vale a pena, vale tudo.

~ Mari Teixeira ~

segunda-feira, janeiro 09, 2012

Desejo.


Mas, sim, te desejo mais que o desejo que me desejes...
Desejo mais do que desejaria outro alguém...
Mais que as forças do meu corpo se debruçam em te resistir...
Mais que a dor do beliscão da dúvida no meu ego superficial...
Muito mais que a soma de todos os desejos que nos levaram até ali...
Bem mais que a lonjura determinada por ti...
Desejo como se nosso conto fosse uma história...
E perco noites procurando em ti motivos vis para poder esvair esse desejo.
E encontro vários, sem fim.
E consigo amar todos...

~ Mari Teixeira ~

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Ano novo: Meta nº 1.


Deixar os roteiros para experiências científicas, os protocolos para reuniões de negócios, os ritos para as cerimônias religiosas, as receitas para bolos, empadas, doces e afins, os procedimentos operacionais padrão para as indústrias farmacêuticas, as fórmulas para a química e as regras para a gramática. Porque a vida não tem nada de exata. Viver de intuição. Morrer de vontade...

~ Mari Teixeira ~

terça-feira, janeiro 03, 2012

Ano novo: Lição nº 3.



Caio F. disse: "Joga pro alto; se voltar é seu."
E, aproveitando o ensejo - e a filosofia -, eu completo:
se não voltar, o vácuo do universo suga.

~ Mari Teixeira ~


segunda-feira, janeiro 02, 2012

Ano novo: Lição nº 2.

                                      
Quando não há nada a se fazer, não há nada a se fazer.

~ Mari Teixeira ~


domingo, janeiro 01, 2012

Ano novo: Lição nº 1.


É bem mais fácil remendar a cara quebrada
do que viver tentando mantê-la intacta.

~ Mari Teixeira ~