quarta-feira, setembro 17, 2008

Depois da tempestade... a bonança!


Tempestades nem sempre causam apenas destruição. Basta um olhar mais atento pra gente perceber que depois dela sempre vem o estio. Aguçar a sensibilidade pode ajudar nessa percepção. Às vezes essa tempestade tarda a passar ou passa num piscar de olhos. Às vezes pode ser só uma chuva forte, ou pode vir acompanhada de relâmpagos, trovoadas e ventanias.


Tempestades quando chegam, mexem com tudo. Revolvem a terra, agitam as águas de rios e mares, arrancam árvores e telhados de casas... mas depois que ela passa, se a gente se esforçar, se não ficarmos parados olhando somente para os estragos, a gente consegue perceber a grama mais verde, os rios mais cheios, e as manifestações da natureza: as borboletas, os pássaros, as formigas saem de suas tocas... Apesar de irracionais, estes pequenos bichinhos exemplificados aqui sabem que não adianta ficarem olhando para os estragos causados pela chuva forte. Sem pestanejar, eles se põem a trabalhar, a colocar as coisas novamente em ordem, recomeçam porque, de alguma forma, eles percebem e se encontram nos contrários da vida...


Quem consegue enxergar que um remédio de sabor amargo, apesar do sabor amargo, traz a cura, que a dor do parto, apesar de intensa, traz uma vida ao mundo? E quem diria que a morte de Jesus nos traria a vida! Quem poderia prever tal antítese?

Nosso problema é dar atenção demasiada à tempestade mesmo depois dela já ter passado. Vivi isso essa semana e, por pouco não deixei passar a graça de uma enorme cura na minha vida. Depois que tudo passou, percebi que a tal chuva torrencial que eu julguei tão danosa, levou consigo alguns entulhos interiores que minhas próprias forças não conseguiam remover. Deus precisou usar da agonia, mesmo que momentânea, para me purificar um pouco. E eu dou graças à Ele porque Ele me deu sensibilidade suficiente para perceber isso e não me prender no estrago interior que a tempestade me causou.


Nada é em vão. Nem a nevasca que atordoa seu coração. Nem mesmo aquele chuvisco que, mesmo fininho e sutil, não passa nem um minuto. Até o pior furacão tem o seu porquê na nossa vida. Quero sempre estar atenta à perceber o que vem além de tudo isso. Mas, de uma coisa eu estou certa: tudo passa! Um dia passa. Pode demorar, mas passa.


Paz e bem!
Marianne

4 comentários:

Gi Novais disse...

Como diz uma amiga minha: "depois que chove amiga, tudo fica mais verdiiiiinho!" Pedro, quando desembanhou a espada, ainda estava preso a essa idéia de que nenhuma tempestade poderia desmanchar a sua paisagem, mas Jesus, aquele que seria a pincipal vítima daquela tribulação, o impediu de olhar apenas para os estragos, visando a ressurreição (onascer denovo) que estava por vir! PARABÉNS , LINDO POST.

Unknown disse...

Começo meu comentário com essa frase: "Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão". Todas as coisas que acontecem em nossa vida, no final das contas sempre tem um porque de ter acontecido, podemos não identificar no meu, mas com um pouco de atenção conseguimos descobrir. Fico feliz por você ter passado pela tempestade e logo após consegui ver os "benefícios" dela. E que eu, você e todas as pessoas enxerguem o lado bom em todas as situações. Com certeza viveremos mais tranquilos... Beijo.

Suelem de Oliveira Bento disse...

Escrevi isso pra uma amiga agora pouco e repito pra você:

"Pela Cruz, à LUZ!"

É preciso passar pela dor e então descobrirmos o Amor. No momento de angustia e agonia não podemos nos deixar abater e fazer deste momento o mais importante de nossa vida, é preciso acreditar que bons ventos virão e que temos a oportunidade de recomeçar e modificar.

Tornar novo o que estava velho...

Amiga...seja lá o que tenha sido...Ainda bem que o sol voltou a brilhar na sua vida.

Forças!

BjnhusSu...

" Every day is a little piece of our life"

Unknown disse...

Isso mesmo, muitas vezes precisamos vivenciar a tempestade para sacudir um pouco o comodismo diante daquilo que já se cristalizou em nós, quase sempre de forma errada, e é perante todo o estrago provocado por esse turbilhão de ventos que temos que parar tudo, encontrar serenidade, nos voltarmos para dentro de nós mesmos, e com firmeza nos reconstruir, de tal modo que novas torrentes não possam voltar a nos abalar.