terça-feira, fevereiro 02, 2010

Afundando.

Uma suposta posse legitimada em duas palavras. Uma simples frase, mas com uma dose de impacto tão significativa, que talvez seja incomensurável. Letras grandes, coloridas em vermelho e verde - cores não tão menos significantes do que a frase. Amor e esperança, respectivamente, preenchendo aqueles sinais. Em negrito. Sublinhado. Tudo isso pra não deixar dúvidas acerca da exclusividade. Alguns diriam: é coisa retrógrada, jurássica, troglodita talvez. Mas quem disse que essas coisas não permeiam o tempo e acabam afundando na gente? Confesso que passar os olhos numa coisa dessas também me faz afundar. Mas, tudo bem. Parcialmente submersa, o que me consola é a semântica verbal: ser é bem diferente de estar sendo.

4 comentários:

Unknown disse...

Vc disse tudo "ser é bem diferente de estar sendo." Acredito também, que afundar por atitudes como essas, típicas de auto-afirmação, não valem a pena, embora reconheça não se ter como evitar a submersão ao nos depararmos com elas, mas é preciso sempre fazer um esforço para voltar a superfície.

Nara. disse...

"... o que me consola é a semântica verbal: ser é bem diferente de estar sendo."

adoreii esse final ...

Geórgia Cavalcante Carvalho disse...

e como "ser" e "estar sendo" podem mudar de lugar rapidamente o melhor é preparar-se para submergir em uma emergência.

Carolina Braga disse...

Adoro esse teu dom de terminar com maestria aquilo que inicia. ;)

Beijo de boa noite! =)