domingo, julho 21, 2024

Por falta de opção.

Dos infernos que já estive, só eu sei. Por quantas vezes? Essa conta já perdi faz tempo. O fato é que depois de tantas andanças por lá, a gente acaba por se acostumar um pouco. O caos se torna familiar, a dor, companheira. Já nem tenho medo de passar por lá; conheço de cor todos os labirintos e portas de saída. Aliás, é bem aí que mora a diferença: eu nunca permaneço lá por muito tempo. Eu domino a arte de renascer das cinzas, de recomeçar quantas vezes forem necessárias, não porque sou forte, guerreira ou algo parecido... eu apenas não tenho escolha. Por isso os mergulhos, as tentativas repetidas, a sede, a urgência, a intensidade... por isso a resiliência, a ressignificação, os reinícios... por isso eu sou assim. Quem escolhe a vida, não tem outra opção...


Nenhum comentário: