terça-feira, maio 07, 2024

Ao te ver passar.


Navegando por aí, me deparei com tua figura translúcida e vívida, sorrindo litros para uma câmera qualquer. Você, tão lindo, caminhava por entre o verde das folhas, e brilhava tanto que eu posso apostar que, junto ao astro rei, você também fotossintetizava sem pestanejar... Instantaneamente, meu coração, aos pulos, gritou pelo teu. Minha pupila dilatou ao te ver passar por ela. Meu peito fez menção de explodir. Meu corpo estremeceu e eu senti o eriçar de absolutamente todos os meus pelos. Por alguns segundos, senti minha respiração parar e me indaguei: então é assim que se morre de amor? Todas as reminiscências daquilo que vivemos saltaram diante dos meus olhos como um longa dos anos vinte: tudo em branco e preto, como a minha vida agora. E porque não dizer a nossa? Digo isto porque estou certa de que o tempo passa, mas nada do que vivemos consegue passar junto com ele: nosso amor fica - e há em mim a certeza que você sente isso também. Fica, por mais intempéries a que ele esteja subjugado. Fica, por mais que o medo e o orgulho berrem. Fica, por mais que a distância esbraveje o contrário. Por isso sempre nos conjugamos no presente... nós somos, e isso é e sempre será inquestionável. O nosso amor é e sempre será, porque, por mais que o tempo tente argumentar, ele consegue atravessá-lo intacto e infalível. Supremo. Impávido. E eterno.

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