quinta-feira, setembro 06, 2012

Como se nunca tivesse sido.




"Lá na frente, de repente, irão se encontrar 
e com certo constrangimento, irão atribuir o 
afastamento a falta de tempo ou à própria 
vida. Mas no fundo saberão: foram eles. 
Ou melhor, não foram."

(Carolina Braga)

"Não foram"... é bem isso! A gente olha pra trás e é realmente como se nunca tivesse sido. É como se  o espaço de tempo no qual existimos, na verdade, nunca houvesse existido. Um lapso de tempo. Um hiato sem aparente razão. Um sentimento tão leve quanto leviano que não conseguiu sustentar a conjugação no presente do indicativo do verbo ser. Antes que o fim se achegasse, ainda quando ele apenas nos rondava, já haviam desfoques reais que a gente teimava em confundir com os sintomas da nossa miopia. Milhares de reais gastos em óculos e lentes, milhões de segundos perdidos ao longo de uma vida, até se entender e aceitar que todo aquele esmaecimento era mais do que real: era inevitável... Certas relações e suas lembranças trazem consigo esse potencial de se dissolverem quando batem de frente com o tal ponto final...


╰☆╮ Mari Teixeira ╰☆╮

Um comentário:

Carolina Braga disse...

Olha, quando honra uma citação minha! Beijo grande, Mari!!! Deixa de escrever não, viu?