♫"Se alguém vier pedir o meu conselho
A gente não aprende no espelho
A gente vive e sofre pra aprender..." ♫
(Oswaldo Montenegro)
Aquele desejo de pertença, agora, substituído pelo sentimento de descrença... Outra fase de transição, outra fase de perda: assisto hoje ao diminuir do volume de uma falta que, de tão incrustada, nunca julguei, por si só, que ela ousasse vazar. Sinto pela impotência de não conseguir estancá-la; nem sei também se quero mais. Mas, e quando eu não sentir mais o peso da ausência pressionando meus órgãos, tensionando meus nervos, excitando minhas sinapses, preenchendo meus nadas? Poderia alguém mensurar o tamanho do vácuo que já me invade diante da perda dessa ausência, dada à infinita amplitude existente em meu interior?
E se foi a vida que quis assim... acho tão irrelevante a participação dela nesses equívocos cotidianos, os quais protagonizamos com tanto afinco durante toda ela, sobretudo quando a comparo com o poder das nossas escolhas! Consigo isentá-la de se fazer presente em qualquer tribunal. Ainda não entendo porque suamos tanto para absolver nosso livre-arbítrio dessas culpas relacionadas a determinados finais, mas, de qualquer forma, que assim seja. É tão bom quando se aprende a deglutir as perdas...
~ Mari Teixeira ~
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