domingo, maio 10, 2009

Uma mulher, como outra qualquer.



Ele foi a coisa mais absurda e mais lógica que já aconteceu na vida dela. Foi com ele que a teoria do controle remoto caiu por terra. Foi com ele que ela aprendeu a dinâmica dos contrários. Até porque eles eram totalmente opostos, e por isso, ratificavam as leis da física. Eles foram um para o outro sem nunca terem sido. Seus corpos nunca se encontraram, suas bocas nunca se descobriram, seus corpos nunca se desnudaram, e paira sobre eles uma certeza: nunca haverá consumação alguma. Mas isso não muda nada: ele foi uma das coisas mais intensas que já passou pela vida dela. Ele arrancou dela lágrimas, sorrisos, tremores e dores de alma terríveis. Ele fez ela sentir a sensação dilacerante e indescritível de reconhecer quem ela era, de fato: uma mulher, como outra qualquer... no sentido mais literal da palavra... 

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