sexta-feira, maio 20, 2011

Mudanças


O Humana Demais mudou: agora ele é Leve [Mente] Ácida. Mudou não porque eu me percebo menos humana. Pelo contrário; tenho entendido e vivido essa condição mais do que nunca. E, justamente porque sou humana, mudo a cada dia. Mudo porque o correr da vida e a rotação do planeta exigem. É, o mundo gira. E se a gente não girar com ele acaba ficando tonta de tanto olhar ele girar.

Mudou a cor do template, mudou o teor dos textos [acho que isso vocês já tinham percebido]. Penso estar inaugurando um novo tempo de vida. Aquela menina doce que a vida tornou tão amarga e deixou a tantos com sede da sua presença por apresentar momentos de {in}salinidade, agora traz consigo uma leve acidez: na mente, no corpo e na alma; nas palavras, no discurso e na postura; na voz, no olhar e no sorriso. Leve [mente] ácida. Aqui, não denota aspereza, azedume ou grosseria (embora todos nós, ácidos ou não, tenhamos esses momentos). Não corrói, mas pode incomodar quem não aprecia o pensamento crítico e/ou criativo. De qualquer forma, não precisa se preocupar com essa tal acidez; ela é realmente bem fraca. Mas, é claro, vai depender muito do seu estômago. Se a gastrite estiver atacada, melhor nem chegar perto: pode agravar.

Abaixo, segue um trecho da crônica Química Orgânica, de Vinícius de Moraes, que descreve [com maestria] as mulheres ácidas... e as básicas:

"... Mas, do que pouca gente sabe é que há duas categorias antagônicas de mulheres cujo conhecimento é da maior utilidade, de vez que pode ser determinante na relação desses dois sexos que eu, num dia feliz, chamei de "inimigos inseparáveis". São as mulheres "ácidas" e as mulheres "básicas" (...) De um modo geral, a mulher "ácida" é sempre bela, surpreendente mesmo de beleza. É como se a Natureza, em sua eterna sabedoria, procurasse corrigir essa hidrogenação excessiva com predicados que a façam perdoar, senão esquecer pelos homens. Porque uma coisa eu vos digo: é preciso muito conhecimento de química orgânica para poder distinguir uma "básica" ou uma "ácida" pela cara. A mulher "ácida" tem uma consciência intuitiva da sua química, e não é incomum vê-la querer passar por "básica" graças ao uso de maquilagem apropriada e outros disfarces próprios à categoria inimiga.(...)"

Não existe prejuízo em ser ácida ou básica; cada mulher é do jeito que é [ou decide ser]. Afinal, nesse mundo, há gosto pra tudo [até para as neutras: insossas e insípidas]. Mas, ainda assim, por que será que a coca-cola é preferência nacional?


"Feliz de quem entende que é preciso mudar muito pra continuar sempre o mesmo". (D. Hélder Câmara)

8 comentários:

Pati Eça disse...

A.D.O.R.E.I...Seja sempre muito bem vinda humana demais ou Leve (Mente) Acida, sei que teremos sempre textos de muitissima qualidade.
Beijos

Lari disse...

Mudanças...sempre bom

Joquebede disse...

Adorei Mari! ficou lindo!

Verônica Barbosa disse...

Mudar é sempre bom, traz esperanças de algo melhor que pode vir...e virá!
Beijo querida.

Geórgia Cavalcante Carvalho disse...

ser ácida, sem deixar de ser doce quando preciso.

Ricardo e Fran disse...

Nossa Mari, nem posso imaginar o que tens passado, mas como tu mesmo escreveu a mudança sempre chega e na hora certa. Toda força e luz minha querida, o blog ficou ótimo.

Beijos da Fran :D

Arhetta disse...

como sempre tocando a alma de todo com sua palavras 'maravilhosas'.
A.M.E.I
ps: mudança é a alma do negócio

reflexões e relevâncias disse...

Mudanças...bom passar por isso!Amei o novo visual do blog,o novo contexto.Voltei amiga,estarei sempre aqui!Bjooooo!