sábado, dezembro 15, 2007

Ainda em crise existencial

Essa noite eu não dormi. Quer dizer, dormi. Mas era um dormir estranho. Depois de me atolar no PC até as 2 da manhã, completamente sem sono, deitei para tentar descansar o corpo e a alma, mas não obtive tanto êxito. É estranho ter que descrever isso, mas eu vou tentar. Era como se eu estivesse dormindo, mas ligada, com um mínimo, muito mínimo mesmo de consciência. Tanto que até o zumbido de um pernilongo frenético me fazia despertar. Mil coisas na cabeça. Nem os sonhos são diferentes daquilo com que eu ando me preocupando ou vivendo. Acho que entrei em crise de ansiedade de novo.

Acordei, graças à Deus, para mais um dia de vida que tem tudo pra ser diferente dos outros 320 e poucos desse ano de 2007. Lembro que antes de tentar adormecer essa madrugada, pensei que deveria parar de pensar muito nas coisas e viver... aproveitar o dia, o hoje, enfim, esse meu discurso que eu luto pra pôr em prática todos os dias, mas nem sempre dá... eu até tava aprendendo a fazer isso, aliás, esse ano aprendi muita coisa, mudei mais nos dois últimos anos do que durante a minha vida toda. Mas, que droga, logo o dia amanhece e os pensamentos e sentimentos de angústia e ansiedade voltam a me tomar. Sou refém de mim mesma. E fica até parecendo que eu não tô aberta a negociação, mas não é verdade. Se meu travesseiro lesse meus pensamentos e falasse, bem saberia o quanto ando me esforçando para sair dessa crise existencial. Todas as noites, na hora de dormir, faço uma análise geral do meu dia e da minha vida, e traço metas para ser melhor. Porém, confesso que te às vezes me pego a pensar que vai ser assim pra sempre. Que a gravidade, como citou minha amiga Ana, vai agir sem piedade por mais um bom tempo. Diante da falta de força, eu sou tentada a me resignar. Cair na conformação talvez seja um dos piores estados do ser humano. Tenho medo de fica assim pra sempre...


Termino parafraseando Caio Fernando Abreu, trecho ímpar, capturado de um blog durante minhas navegações noturnas. Ela é a forma mais perfeita que encontrei para terminar esse post.


Paz e bem,

Marianne


"E se eu mudasse meu destino num passe de mágica? (...) Estranho, mas é sempre como se houvesse por trás do livre-arbítrio um roteiro fixo, pré-determinado, que não pode ser violado."

2 comentários:

ExPeRiÊnCiAs De UmA aLmA disse...

Mare,

I know all this feelings...The Corinne Bailey's song says: "Please don't ask me where I'm going, because I don't know...I don't know...I don't know anymore...It used to feel like heaven...now they gone away", It's real in my life, I feel like all the best things of my life gone away too. But, like you said, my dear friend...I'll keep trying to find the heaven of my life again...I'll figth so hard till the end. =)

Unknown disse...

Oi Mare.
Nossa que texto viu? Muito bom.
Pode ter certeza que tudo isso que está vivendo é realidade também de outras pessoas. As dúvidas, os medos, a incerteza...
Concordo com vc quando diz que antes, a alguns anos atrás as coisas eram melhores, sentíamos mais felizes...
Mais o jeito é viver e ver o que acontece.
Beijossss