sábado, maio 07, 2016

Carta.



Penso que, talvez, tenham ficado algumas coisas a serem ditas, a serem feitas...alguns pontos corporais não explorados, muitos beijos não dados. Mas, ainda assim, diante dessas lacunas, repito que valeu a pena.

Valeu a pena a espera. Toda ela. Valeu o salto sem pára-quedas. A queda livre. O looping. Valeu a pena não ter abortado nada. Ter deixado essa coisa que já havia nascido não só crescer, mas, viver... Ter assumido os riscos - os de antes, os de durante e os de depois. Valeu cada pedacinho de madrugada, as tardes inteiras, aquele nascer do sol... Valeu ter sentido, ter tocado e ter sido sua. Ter provado dos seus néctares e dos seus olhares.

Valeu o bate papo gostoso. A intimidade, a afinidade, a ternura, o carinho, a química, a confiança [cega], o olhar sincero, a brincadeira espontânea, a voz firme, o apoio desinteressado, o abraço apertado e o beijo molhado. O suor colando minha pele na sua. O encaixe. A paciência. O respeito. Valeram as dúvidas. E as podas dos tais "excessos".

O que houve entre nós foi apenas a consumação do que já era. O que há entre nós é uma das misturas mais estranhas e deliciosas que a vida já me permitiu experimentar. O que haverá, entretanto, é uma incógnita. Impossível se prever. Só quero que saiba que almejo te encontrar nas esquinas do futuro mais próximo que existir...

Nenhum comentário: