De vida e de morte. De serenidade e de fé. De resignação e de luta. Descansa agora o corpo surrado e sofrido pela escória da doença que o afligia mas que, embora cruel, não soube agigantar-se o suficiente para arrancar-lhe o sorriso do rosto e a vontade de continuar. Imagino a dona morte rondando, perdida, ao longo desses 13 anos, sem obter êxito imediato. Imagino sua cara de decepção quando, em cada pós-operatório, seus olhos se abriam e seu semblante anunciava o milagre. Mais um milagre. Foi exatamente isso que Alencar foi. Não foi um super-heroi, porque super-herois não existem, mas foi um super-homem, cujo superpoder não estava na capa ou em qualquer arma letal, mas na sua mente. Enfim, cansou-se um dos corações mais otimistas que vi por aí. E partiu através do maior mistério que existe nesse mundo. Se foi o homem-esperança raficando até o fim que a esperança é mesmo a última a morrer: seu corpo desce à sepultura, mas ela, a tal esperança, fica em algum lugar de quem soube lançar um olhar todo especial sobre esse grande homem. Quisera que todos nós tivessemos fé e caráter suficientes para dizer, sinceramente, como disse ele um dia:
"Não tenho medo da morte. Tenho medo da desonra."
2 comentários:
De fato Mari, José Alencar foi um grande exemplo de honra, coragem, obstinação e fé.
Certa vez ouvi ele falar na TV que não iria morrer até que Deus assim o quizesse.
Deus o guarde Jose Alencar.
Grande exemplo...
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