Ele sabia. Ele sabe. Ele sempre soube. A vagabunda da minha transparência nunca teve competência suficiente pra se opacificar por um segundo sequer, e não deu n'outra: ele leu nos meus olhos, nos meus gestos e no meu beijo que eu já era dele. Toda dele. Só dele.
Ele sabe. Sabia. Sempre soube. Que qualquer tentativa de congelamento da minha parte podia ser desfeita pela simples e imediata presença de sua pele incandescente a centímetro da minha. Da fusão à ebulição em poucos segundos, contrariando quaisquer leis físicas ou químicas. Ou seja, mais uma vez, dele. Só dele. Muito dele. Pra sempre dele.
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