Ela era um parafuso. Literalmente, um parafuso. Dava voltas e voltas em torno de si mesma. Caminhava feito um redemoinho. Talvez por isso sua vida fosse tão... agitada. E suas enxaquecas, infernais. Vivia cambaleando por aí, tonta, sem saber direito o que fazer consigo. Ultimamente, anda tentando traçar na cabeça uma perfeita linha vertical que, além de dividir imaginariamente os seus hemisférios cerebrais, também compartimentalize quase tudo - é, ela não sabe ainda dividir muito bem algumas coisas, e isso, ora facilita, ora se torna um problema. Faz pouco tempo, costumava ser confundida com um prego e sofria horrores com batidas de martelos. Até hoje não entende porque é tão difícil encontrar uma chave de fenda. Mas, hoje, ela sabe muito bem porque sempre sentiu a sua vida rodar, rodar e nunca sair do lugar. Afinal. Ela era um parafuso. E era justamente por isso que não era tão fácil arrancá-la de si.
"Não, meu coração não é maior que o mundo. É muito menor. Nele não cabem nem as minhas dores. Por isso gosto tanto de me contar. Por isso me dispo, por isso me grito, por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente (...): preciso de todos." (Carlos Drummond de Andrade)
sábado, maio 07, 2016
Em parafuso.
Ela era um parafuso. Literalmente, um parafuso. Dava voltas e voltas em torno de si mesma. Caminhava feito um redemoinho. Talvez por isso sua vida fosse tão... agitada. E suas enxaquecas, infernais. Vivia cambaleando por aí, tonta, sem saber direito o que fazer consigo. Ultimamente, anda tentando traçar na cabeça uma perfeita linha vertical que, além de dividir imaginariamente os seus hemisférios cerebrais, também compartimentalize quase tudo - é, ela não sabe ainda dividir muito bem algumas coisas, e isso, ora facilita, ora se torna um problema. Faz pouco tempo, costumava ser confundida com um prego e sofria horrores com batidas de martelos. Até hoje não entende porque é tão difícil encontrar uma chave de fenda. Mas, hoje, ela sabe muito bem porque sempre sentiu a sua vida rodar, rodar e nunca sair do lugar. Afinal. Ela era um parafuso. E era justamente por isso que não era tão fácil arrancá-la de si.
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Um comentário:
Que bom vê-la de volta, Florzinha de Jequié!
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